30/04/2010

(Um imenso) Chaparral

Segundo o CM, o equipamento na imagem será usado para detectar e, eventualmente, interceptar qualquer objecto que se aproxime por via aérea do Santuário de Fátima, durante a próxima comemoração das aparições de Nossa Senhora.

Quando li a notícia, fiquei preocupado com as consequências de uma possível (?) nova aparição. Depois informei-me melhor sobre o Sistema Chaparral e fiquei descansado. Os mísseis conseguem apenas perseguir fontes de calor, não podendo alvejar entidades celestiais, habitualmente descritas como irradiando luz, mas não calor.

Caso diferente poderia ocorrer se Nossa Senhora resolvesse repetir o Milagre do Sol. Seria um espectáculo interessante ver os mísseis perseguindo o alvo aos ziguezagues...

29/04/2010

Pressão

Abre os olhos Olegário...

Defesa mansa

João Miranda faz aqui algumas perguntas interessantes. Eu apenas sei responder à última.

P - Por que motivo os especuladores, entre tantos países, escolheram Portugal para atacar?
R- Porque o Ministro da Defesa anda muito manso.

26/04/2010

É tudo uma questão de cabeças

Fiquei, de certo modo, intrigado com este post do Terra Ruim, ao tentar perceber as diferenças entre o "capacete de protecção" e o "capacete de engenheiro"...

Felizmente, graças ao magnífico blogue do deputado Acácio Pinto, a minha curiosidade durou apenas umas horas. O "capacete de engenheiro" foi especialmente concebido "para transpiração" dos políticos que apreciam obras.

25/04/2010

25 de Abril em Ermesinde

Foto de frvilela
Ermesinde, vinte e cinco de Abril de 2010, quatro horas da manhã, um grupo de valorosos revolucionários nortenhos dirigiu-se à filial de uma instituição «que simboliza o pior de Portugal, o centralismo, a macrocefalia endémica, o esforço da ditadura» e deu uma lição aos ermesindenses reaccionários «para que tenham (muita) vergonha de serem, afinal, sem o quererem nem o saberem, contra tudo o que significa ser» de Ermesinde, do (FC) Porto e do Norte!

Aguarda-se a todo o momento um comunicado do porta-voz dos revolucionários.

Pato vs. Águias

Apud RAP, aqui fica uma citação da análise objectiva e clarividente do Pato:
«Ao fim da 2.ª jornada da I Liga, podem tirar-se já algumas conclusões. Uma: que o FC Porto é, dos três grandes, a equipa mais consistente. (…) Outra: que, perante equipas mesmo inferiores à sua no papel, o Benfica de Jorge Jesus não vai lá. (...) Aimar, Saviola e Di María não são, como já o vêm demonstrando há muito, jogadores (digamos assim) de[ste] campeonato
António Tavares-Teles, 25 de Agosto de 2009.

Quer-me parecer que faltam três letrinhas no texto. A contracção da preposição de com o pronome demonstrativo este atribui figuradamente aos três internacionais argentinos o carácter de jogadores de um outro campeonato de nível muito superior, quiçá de um outro mundo mais do que perfeito. É, realmente, uma pena que estes magos da bola joguem no mesmo campeonato do Bruno Alves.


Vídeo original de CsSLB5

23/04/2010

Ó sr. Amorim...

Primeiros, a agremiação dos andrades não é nem representa a Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto.

Segundos, por mais nobre, leal ou invicta que seja, essa cidade não é nem representa a Região Norte.

Terceiros, as pastilhas para a azia não são azuis, são brancas.

22/04/2010

Erros factuais de uma notícia

Às vezes, mais valia transcrever o press release do que fazer interpretações incorrectas.

Vejamos os erros desta notícia do Público com base num destaque do INE.

1. O título "Residentes são os principais clientes do turismo português" é desmentido pelo segundo parágrafo: «36,3 por cento das dormidas registadas em Portugal tiveram origem em hóspedes residentes no país». Isso equivale a dizer que 63,7% foram de residentes no estrangeiro - então, quem são os principais clientes?

2. «2008 foi o ano em que se nota que os portugueses passaram a preferir fazer férias dentro do país». Até parece que antes de 2008 "preferiam" fazer fora!!! Na verdade, os portugueses sempre "preferiram" fazer férias dentro do país. O que se passou foi que, até 2007, estava a aumentar a quota de dormidas dos portugueses no estrangeiro e em 2008 se deu um retrocesso neste índice.

3. «As regiões que registaram mais dormidas de portugueses foram o Algarve e o Norte, com 3597 e 2539, respectivamente». Obviamente, teríamos de multiplicar por mil cada um daqueles números...

4. «Os Açores e a Madeira foram as regiões com menos dormidas geradas pelo mercado interno». Foram "geradas" na Madeira mais dormidas do que no Alentejo.

5. «Os portugueses preferiram ficar maioritariamente alojados em hotéis». Isto não é propriamente um erro factual. Se considerarmos apenas o objecto do relatório citado, i.e os estabelecimentos hoteleiros, então a tipologia dominante são os hotéis. No entanto, é preciso dizer que há muito mais portugueses a fazer férias em alojamento particular do que em hotéis.

21/04/2010

Álcool: o copo meio vazio

Os resultados do inquérito do Eurobarómetro sobre as atitudes face ao consumo de álcool dão lugar de relevo a Portugal em dois indicadores:
  1. Os portugueses são os mais abstémios da UE. 42% não consumiram álcool no último ano, valor muito superior à média UE27 (24%) e muitíssimo superior aos dos povos do Norte: Dinamarca 7%; Suécia, 10%; Holanda, 12%.
  2. Dentre os consumidores, os portugueses são os que o fazem com maior regularidade. 43% dos que consumiram no último mês, fizeram-no diariamente, valor bastante superior à média UE27 (14%) e incomparavelmente superior aos nórdicos (1% na Suécia; 3% na Finlândia, p. ex.)
A Lusa preferiu destacar o ponto 2. subvertendo os resultados: «Quatro em cada dez portugueses afirmam beber álcool diariamente, o que deixa Portugal no topo dos 27 países da União Europeia».

Como consegue a Agência Lusa esta proeza? Simplesmente confundindo a população dos consumidores de álcool (58% dos portugueses adultos) com a população portuguesa.

Se quer ter a população adulta como referência, então a percentagem é
58% de portugueses consomem bebidas alcoólicas x
91% consumiram nos últimos 30 dias x
43% dos que consumiram nos últimos 30 dias, fizeram-no diariamente
 = 23%

Não deixa de ser o lugar de liderança europeia neste indicador, mas não assume as proporções que a Lusa lhe atribui.

Além disso, o relatório do Eurobarómetro mostra também que nos países nórdicos se consome maior quantidade de bebida por cada ocasião de consumo. 81% dos consumidores portugueses bebem habitualmente no máximo dois copos. Esse percentagem é superior à UE27 (69%) e bastante superior à Irlanda (34%), Reino Unido (51%), Dinamarca (51%), Suécia (56%) ou Finlândia (56%).

Nota: este post foi escrito após a ingestão de uma pequena quantidade de álcool, ao almoço.

Os press releases, os estereótipos e a realidade

Viagens e férias: a mulher escolhe, o homem paga

É este o título de uma notícia que saíu ontem (dia do turista) na versão online do Público. A leitura do artigo despertou-me imediatamente as dúvidas sobre a correcção do título. Disso falarei a seguir. Antes, deixo uma nota para dizer que na versão em papel (edição de hoje) o artigo encolheu um pouco, tendo omitido o método de amostragem e de recolha da informação utilizado no estudo que serviu de base à notícia.

1. Vamos começar exactamente por este método de selecção da amostra e de recolha de informação. O Público diz que «as questões foram colocadas por correio electrónico». Já o site RH Turismo, refere «questões colocadas online». Admito que a versão do Público seja erro de interpretação do jornalista. Isso não interessa para o caso. O que interessa assinalar é que, de acordo com a American Association for Public Opinion Research, os inquéritos feitos via internet, numa base de recrutamento voluntário, não podem ser usados para estimar valores da distribuição de uma váriável na população nacional  (Relatório em PDF). Numa linguagem simples, devemos dizer que a amostra não é retirada da população para a qual se pretende fazer estimativas.

2. O artigo refere que não se "especifica" o número de casais portugueses, na amostra total de 1437 casais de nove países europeus. Não obstante, apresenta resultados para o "caso dos portugueses". De qualquer modo, a amostra é pequena para fazer estimativas na população, mas isso é algo irrelevante, atendendo ao que referi no ponto anterior.

3. Finalmente, a suposta confirmação do estereótipo: «No caso dos portugueses, a maioria refere genericamente que as escolhas são feitas em conjunto mas quando as opções vão às questões concretas fica claro que são as mulheres a decidir e os homens a pagar a conta», escreveu José Augusto Moreira no Público. Entenderam?
Mesmo sem ter tido acesso ao estudo original, vou tentar explicar, com a ajuda do site RH Turismo. Em princípio, as opções de resposta para a pergunta "Quem escolhe o destino de férias?"seriam "em conjunto", "mulher" e "homem". Sabemos que a categoria "mulher" obteve 15% das respostas e a categoria "homem" obteve 7%. Faltam 78% de respostas, que deverão estar na categoria "em conjunto".
Este resultado não é nada surpreendente, não porque confirme o estereótipo do título, mas antes porque, apesar das deficiências apontadas em 1. e 2., é conforme ao que foi obtido num estudo realizado há 40 anos (link), segundo o qual a escolha das férias é precisamente um dos "produtos" em que existe menor dominância de um dos cônjuges na fase de decisão, i.e. a grande maioria dos casais decide o destino de férias em conjunto. É esse o "estereótipo".

20/04/2010

O Profeta Soares

«Os reis da terra, que se contaminaram com ela e que viveram em delícias, hão-de chorar e lamentar-se por sua causa, quando virem o fumo do seu incêndio».
Ap 18:9

«A natureza, nos diferentes lugares da Terra, tem-nos trazido, sucessivamente, tsunamis, ciclones, maremotos, inundações, ventos ciclópicos, tremores de terra e, agora, erupções de vulcões (...).
«São fenómenos naturais normais, dirão alguns, mais desatentos. Para aqueles que já vivem há mais de oito décadas, como eu, e nunca viveram nem tiveram conhecimento de nada semelhante, pela conjugação sucessiva de tantas catástrofes naturais, é prudente interrogarmo-nos: será que a mão inconsciente e desastrada do homem, que agride e maltrata o planeta e compromete os seus equilíbrios naturais, não terá nestes factos a sua dose de responsabilidade?
(...)
«Realmente, não é só a economia que está desregulada e a política incerta e insegura, à espera de melhores dias - não sabemos quantos - para vencer a crise. É também a natureza, com tantas catástrofes sucessivas. É tempo de a cidadania global abrir os olhos e reagir».
Mário Soares, DN, 2010 A.D.

Nota: Abraão viveu aprox. 10 vezes mais do que Soares e também ele não tivera conhecimento de nada semelhante ao que presenciou numa certa manhã: «Voltando os olhos para o lado de Sodoma e Gomorra e para a extensão da planície, viu elevar-se da terra um fumo semelhante ao fumo de uma fornalha». (Gn 19:28)

Nota 2: Cheguei ao Apocalipse de Soares via post de Helena Matos.

19/04/2010

Voyeurismo

«Mas sem dúvida que para mim é um prazer ver Messi jogar, é como ter um orgasmo, é um prazer incrível».
Luis Figo

«Eu vejo a energia de José Sócrates, a capacidade empreendedora, e espero que continue a ter essa capacidade de mobilizar o país. Bem precisamos
O mesmíssimo Luis Figo

18/04/2010

As minhas escolhas

 Manso Entre Lobos
Agência Portuguesa de Revistas, 1,5€ (no Alfarrabista)

Nunca li, nem tenho intenção de ler. Fica, no entanto, a sugestão, não só porque sei que há aficionados da colecção Búfalo entre os meus leitores, mas, sobretudo, pela actualidade do título!

16/04/2010

Schweinekopf

O objecto acima é parte integrante de uma exposição sobre os "excessos" nos estádios de futebol que já esteve patente em Basileia, Essen e Barcelona. É com este ícone que pretendo homenagear um dos maiores futebolistas portugueses de todos os tempos. Mais do que os dribles, homenageio o profissionalismo que pauta a sua actividade cívica. A sua energia positiva. O seu amor a Portugal.

Links:
Resumo do projecto Kultort Stadion (em inglês)
Brochura da exposição (em alemão)
Notícia da exposição em Barcelona (em castelhano)

15/04/2010

Cesta de fruta

“O apoio que Luís Figo deu ao PS e a mim próprio foi um apoio livre e generoso e independente de qualquer contrato que eu, aliás, desconheço que Figo ou a Fundação Luís Figo tivessem feito”.
«Segundo a procuradora responsável pelo inquérito, Teresa Almeida, a relação contratual entre a Taguspark e a Lunarstar foi “um mero recurso” utilizado “para conceder a Luis Figo uma remuneração anual em troca do apoio a uma candidatura eleitoral”».

14/04/2010

Campo inclinado

É difícil não dar razão ao Capitão do Spórtem - o gráfico abaixo, produzido num beijalhães, confirma que os indicadores de desempenho do Campo Grande estão negativamente inclinados. A linha de tendência tem uma pendente jeitosa; a média móvel a 3 anos também está inclinada; mas o desempenho da época corrente consegue estar bastante abaixo dessa inclinação! Nunca, neste milénio, a SAD lagartina tinha conseguido tão poucos pontos em 26 jogos.
Perante o evidente mau desempenho, o Ministro vem culpar as agências de rating. O Governo tem estado bem e a equipa até merece os parabéns pelo progresso evidenciado. Afinal, conseguiram reduzir em 50% o número de golos sofridos, relativamente ao último desafio com os adversários de ontem.

13/04/2010

Alavancagem

Depois do Milagre da Rosa, o Ministério das Finanças descobriu outro filão - o empréstimo à Grécia. Diz-se que "cada português vai emprestar 73 euros para salvar a Grécia", mas, como os portugueses não têm dinheiro, vão pedi-lo a outros antes de o emprestrarem aos gregos. Diz-se também que o vão pedir a um juro inferior ao que vão emprestar, o que parece ser muito bom negócio.
Melhor negócio seria pedir dinheiro a esse mesmo juro e aplicá-lo em obrigações que rendem praticamente o mesmo, mas que têm um benefício social imcomparavelmente maior! Seria um investimento muito mais bem empregue!

12/04/2010

Voto preferencial

Por coincidência com a sesta dominical, acabei por ver em directo o discurso de Passos Coelho no encerramento do XXXIII Congresso do PSD. Não concordo com tudo o que foi dito, tenho dúvidas sobre vários aspectos e não espero que o partido venha a (tentar) por em prática tudo o que PPC enunciou, mas, dentro do género, devo dizer que gostei.
Um dos pontos importantes foi a referência ao voto preferencial. Já o defendi aqui no blogue em 25-5-2009 e em 9-9-2009. Muito melhor do que eu seria capaz de fazer, André Freire explica as vantagens deste sistema, hoje, no Público.

Pós-Texto: Quem não tem acesso ao artigo do Público, pode clicar aqui.

07/04/2010

Iliteracia de (cada vez mais) jornalistas

O assunto não é novo neste blogue - veja-se, p. ex:
http://beijokense.blogspot.com/2009/06/dificil-relacao-de-alguns-jornalistas.html
http://beijokense.blogspot.com/2009/06/qualidade-do-jornalismo-tem-baixado-de.html

No entanto, este post de Miguel Botelho Moniz chamou-me a atenção para uma tremenda barbaridade aritmética. Um problema que não é do jornalismo, é do nosso sistema de ensino. Aquilo que a jornalista Helena Neves Marques escreveu - supostamente a partir de um relatório da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, ou de um press release sobre o dito - revela que o ensino básico deixa sair da "rede" pessoas sem as mais básicas competências aritméticas...

A jornalista, citando "o documento", diz que «registaram-se 2779 óbitos, o que representa 13 por cento dos utentes assistidos e 18 por cento (...) do total de doentes que saíram da rede em 2009.» Ora, é muito difícil entender como se passa de uma taxa de mortalidade de «13 por cento dos utentes assistidos» para o título da notícia, desenvolvido no primeiro parágrafo: «Mais de um terço dos doentes que deram entrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) em 2009 morreu no primeiro mês de internamento, revela o relatório anual da rede».
Garanto-lhe, cara Helena Neves Marques, o "relatório anual da rede" não revela nada disso! Revela que "deram entrada" na Rede 17.156 doentes e que, como escreveu, morreram 2.779 (não interessa dar uma taxa para estes números, já que alguns dos mortos tinham entrado na rede em 2008 e, por outro lado, alguns dos que entraram em 2009 vieram/ virão a falecer em 2010). O que importa é que, desses 2.779, como você mesma escreve, «36 por cento [morreram] no primeiro mês». Ou seja, morreram no primeiro mês cerca de 1.000 doentes, o que representa aproximadamente 6% dos admitidos.

A jornalista da LUSA conseguiu transformar 6% em mais de um terço e este efeito multiplicador foi seguido por vários OCS, graças ao "diz que disse" travestido de jornalismo:
- A "Redacção" de A Bola escreveu que «O relatório anual da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados revela que mais de um terço dos doentes acolhidos, em 2009, morreu no primeiro mês de internamento». A mesma formulação, ipsis verbis, é usada pela TSF, DN (do Funchal, citando LUSA), etc.
- O Diário Digital, conforme citado pelo Miguel, afirmou o mesmo, mas na formulação original da jornalista da LUSA: «Mais de um terço dos doentes que deram entrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) em 2009 morreu no primeiro mês de internamento».


No entanto, nem todos os jornalistas utilizaram o mesmo efeito multiplicador. Houve vários a dar a notícia correctamente, i.e. «Mais de um terço das mortes registadas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), em 2009, ocorreu no primeiro mês de internamento, revela o relatório anual da rede». Esta foi a frase utilizada pelo iol, pela TVI, pelo i e pelo Público. Como este último cita a LUSA, deduz-se que a agência tenha entretanto corrigido o despacho original ou disponibilizado outro mais completo que, propositadamente ou talvez não, já não incluía a "barbaridade" original.

04/04/2010

As minhas escolhas

Isabel de Aragão: Rainha Santa
Imprensa Nacional Casa da Moeda, 7,5€
Original de 1936, com várias reimpressões. A da capa conta com prefácio de José Mattoso.
Era uma vez uma República governada por um Príncipe armado em charmoso e obcedado pela sua imagem, que gostava de oferecer rosas aos súbditos, como prova da afectuosidade da sua governação. O Ministro das Finanças estava cada vez mais preocupado com o "impacto orçamental" da "política de charme" do Príncipe e foi aos arames quando viu este vídeo onde o Príncipe aparece rodeado de despesistas a distribuir rosas.


Interpelado pelo Ministro, o Príncipe explicou-lhe que sabia muito bem o estado das finanças da República e que as rosas oferecidas são milagrosas. São mutantes das que apareceram no regaço da Rainha Santa, originárias de dinheiro, como toda a gente sabe. Têm a capacidade de se transformar em dinheiro que vai faltar aos pensionistas e aos beneficiários do RSI. Algumas são capazes de produzir um odor que apaga da memória as promessas de investimento. De tal modo que o cartaz que aparece no vídeo passará a "O Barreiro/ Merece/ As rosas do Governo PS"

Maravilhado, o Ministro ordenou imediatamente à Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros que celebrasse, por ajuste directo, antes que as rosas murchassem, um contrato de fornecimento de flores. Com um irrisório investimento de 63 mil euros, o Ministro será beatificado pelo controlo do défice em apenas três anos. Nada Mais Nada Menos.

01/04/2010

Submarinos em Alcochete?

O "submarino" da foto está "encalhado" no Douro e por lá ficará até que a barragem de Bagaúste seja desmantelada.
Quanto aos submarinos do Tejo, a grande dúvida é se aportarão no Alfeite ou acabarão por arribar ao Porto Livre de Alcochete...