04/04/2010

As minhas escolhas

Isabel de Aragão: Rainha Santa
Imprensa Nacional Casa da Moeda, 7,5€
Original de 1936, com várias reimpressões. A da capa conta com prefácio de José Mattoso.
Era uma vez uma República governada por um Príncipe armado em charmoso e obcedado pela sua imagem, que gostava de oferecer rosas aos súbditos, como prova da afectuosidade da sua governação. O Ministro das Finanças estava cada vez mais preocupado com o "impacto orçamental" da "política de charme" do Príncipe e foi aos arames quando viu este vídeo onde o Príncipe aparece rodeado de despesistas a distribuir rosas.


Interpelado pelo Ministro, o Príncipe explicou-lhe que sabia muito bem o estado das finanças da República e que as rosas oferecidas são milagrosas. São mutantes das que apareceram no regaço da Rainha Santa, originárias de dinheiro, como toda a gente sabe. Têm a capacidade de se transformar em dinheiro que vai faltar aos pensionistas e aos beneficiários do RSI. Algumas são capazes de produzir um odor que apaga da memória as promessas de investimento. De tal modo que o cartaz que aparece no vídeo passará a "O Barreiro/ Merece/ As rosas do Governo PS"

Maravilhado, o Ministro ordenou imediatamente à Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros que celebrasse, por ajuste directo, antes que as rosas murchassem, um contrato de fornecimento de flores. Com um irrisório investimento de 63 mil euros, o Ministro será beatificado pelo controlo do défice em apenas três anos. Nada Mais Nada Menos.

1 comentário:

  1. E se um (des)conhecido lhe oferecer flores... está na hora do tributo social!

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