19/02/2010

Pesetero

A propósito do «apoiante espontâneo e fervoroso [de Sócrates, que] primeiro deve querer assinar o contrato, não é?», vale a pena ler um texto que António de Almeida publicou dois dias antes das eleições. Ele recorda o carácter de Figo, através de episódios da sua carreira que eu aqui destaco:
  1. Ainda júnior, assinou contrato em simultâneo com o Sporting C.P. e S.L.Benfica, valeu-lhe um acordo entre Sousa Cintra e Manuel Damásio, para o salvar de pesado castigo
  2. passado pouco tempo repetiu a façanha, assinando por Juventus e Parma, dois clubes italianos na mesma época, mais uma vez salvou a face, com a contrapartida de não jogar no calcio durante uma década
  3. Rumou a Barcelona, (...) recebendo até a braçadeira de capitão da equipa blaugrana. Sem que alguém lhe pedisse, chegou até a assumir posições próximas do nacionalismo, em defesa da autonomia, entrando no coração dos catalães, que trairia pouco depois com a transferência para o arqui-rival Real Madrid
  4. Após o Euro 2004 decidiu colocar um ponto final na selecção nacional, mas no final de 2005, quando não jogava em Madrid, recuou na decisão, solicitando a Scolari que o voltasse a convocar, até porque a selecção apesar da sua ausência já se tinha qualificado para o Mundial 2006.

1 comentário:

  1. Triste é viver num país e numa época que acreditam, com razão, no peso eleitoral de uma "celebridade", no caso uma "celebridade" da bola e com palmarés interessante em matéria de seriedade contratual. "Essa merda", explica numa das "escutas" o actual secretário de Estado da Defesa, "vale muitos votos". A fotografia que junta o sr. Figo e o eng. Sócrates ao pequeno-almoço é o retrato do que somos e do que merecemos.

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