26/11/2010

Mas qual poupança?

Caro EcoTretas,
pouco importa se a "poupança" são 100, 700 ou 800, não se pode comparar um dos pratos da balança de transacções correntes com o acréscimo na factura dos consumidores.

Como escreveu a OCDE, se falamos de transacções correntes, então devemos comparar a diminuição nas importações de combustíveis com i) diminuição das exportações industriais provocadas pelo aumento do custo da energia; ii) custo de oportunidade do capital canalizado para as renováveis face, p. ex. à sua canalização para sectores exportadores.

O que se passa é que o Governo garantiu negócios em condições muito vantajosas para os operadores do cluster energético, em prejuízo dos consumidores e, tudo indica, da economia portuguesa. Essa zorreira não consegue encobrir o óbvio - mais uma vez, as decisões "estratégicas" defendem os mais fortes... basta ver as relações entre estas empresas, os reguladores e os partidos.

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