05/08/2009

Porto de Lisboa e Benfica

Foto de northfromhere
A comparação do Miguel é sexy, mas não é exacta. Como toda a gente vê - e a ex-controladora do Ministério da Construção e Obras Públicas escreveu - o Estado concede receitas a privados e assume para si (quer dizer, contribuintes) os riscos. O paradigmático caso do Porto de Lisboa, pelas "cedências do Concedente para realizar este contrato em tempo recorde" tem algumas semelhanças com o Benfica, mas há que assinalar as diferenças, já que o negócio do Porto é muito mais pernicioso para o concedente.
O Porto, como as SCUTs e PPPs de que fala o Miguel, assume riscos que poderiam ser privados e prejudica a sua «bancabilidade», precisando de aval do Estado para financiar obra que vai beneficiar a Liscont.
O Benfica ganha um pouco mais de "espírito-santidade" graças à solidariedade da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, que assume o risco sobre o número de benfiquistas que vai largar a Super Bock em favor da Sagres (os portistas não bebem Sagres e os sportinguistas não contam).
O Benfica depende de Jesus para manter viva a "chama imensa" do Espírito Santo, em Sagreadas eucaristias na Catedral. No Porto de Lisboanão há ilusão possível, já todos viram o Coelho Liscondido com rabo de fora.

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