O ano de 2010 visto por este blogue, de Janeiro a Dezembro.
Janeiro - A falácia da exportação de energia.
Fevereiro - Chamem-lhe um Figo.
Março - Um PEC anunciado.
Abril - Fruta podre.
Maio - A arquivista Bruna.
Junho - Elefantes brancos na África do Sul.
Julho - Playboy à portuguesa.
Agosto - Mega-agrupamentos.
Setembro - Inovar para entrar com 20 na Universidade.
Outubro - Centenário.
Novembro - Sacrifícios.
Dezembro - A matemática dos falidos.
31/12/2010
27/12/2010
Melrocracia
No blogue de um deputado pelo círculo de Viseu pode ler-se:
«A Instituição Particular de Solidariedade Social “Os melros” de Germil, Penalva do Castelo, presidida por José Manuel Lopes, efectuou no dia 19 de Dezembro o seu tradicional almoço de Natal para todos os seus utentes: os idosos do Lar.
Como convidado principal, marcou presença o Secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro e muitos outros amigos e representantes institucionais de que se destacam, o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, o deputado Acácio Pinto, o Governador Civil, Miguel Ginestal, os directores da Segurança Social de Viseu, Manuel João Leitão e João Cruz, o vereador da Câmara de Penalva e Vice-Provedor da Misericórdia, Francisco Lopes, o adjunto do Presidente da Câmara em sua representação, representantes da Agrupamento de Escolas do Concelho, entre muitos outros.»
Tradução da notícia:
José Manuel Lopes, presidente da Junta de Germil e membro da Comissão Política Concelhia do PS de Penalva, convidou um conjunto de amigos do PS para um comício na IPSS que dirige - "Os Melros". O keynote speaker foi o eterno cabeça de lista do PS pelo círculo de Viseu, que compareceu no papel de Secretário de Estado dos Lobbies Locais. Destaca-se também a presença do Presidente da Federação de Viseu do PS, João Azevedo, bem como as de Acácio Pinto e Miguel Ginestal, que trocaram entre si os cargos de Governador Civil e deputado pelo distrito. Os dirigentes distritais do PS, Manuel João Leitão e João Cruz, não poderiam deixar de estar presentes, atendendo às suas funções na Segurança Social de Viseu.
Leitura complementar:
A democracia capturada
«A Instituição Particular de Solidariedade Social “Os melros” de Germil, Penalva do Castelo, presidida por José Manuel Lopes, efectuou no dia 19 de Dezembro o seu tradicional almoço de Natal para todos os seus utentes: os idosos do Lar.
Como convidado principal, marcou presença o Secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro e muitos outros amigos e representantes institucionais de que se destacam, o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, o deputado Acácio Pinto, o Governador Civil, Miguel Ginestal, os directores da Segurança Social de Viseu, Manuel João Leitão e João Cruz, o vereador da Câmara de Penalva e Vice-Provedor da Misericórdia, Francisco Lopes, o adjunto do Presidente da Câmara em sua representação, representantes da Agrupamento de Escolas do Concelho, entre muitos outros.»
Tradução da notícia:
José Manuel Lopes, presidente da Junta de Germil e membro da Comissão Política Concelhia do PS de Penalva, convidou um conjunto de amigos do PS para um comício na IPSS que dirige - "Os Melros". O keynote speaker foi o eterno cabeça de lista do PS pelo círculo de Viseu, que compareceu no papel de Secretário de Estado dos Lobbies Locais. Destaca-se também a presença do Presidente da Federação de Viseu do PS, João Azevedo, bem como as de Acácio Pinto e Miguel Ginestal, que trocaram entre si os cargos de Governador Civil e deputado pelo distrito. Os dirigentes distritais do PS, Manuel João Leitão e João Cruz, não poderiam deixar de estar presentes, atendendo às suas funções na Segurança Social de Viseu.
Leitura complementar:
A democracia capturada
19/12/2010
18/12/2010
Inumeracia?
Sr. deputado,
já lhe disse num comentário anterior que «Houve três testes e apenas no de leitura a média de Portugal é próxima da média da OCDE». No entanto, o nobre deputado insiste em confundir os leitores, ao dizer que Portugal aparece dentro da média da OCDE. Estou à espera que faça os mesmos progressos que fez a jornalista Bárbara Wong.
Cumprimentos.
já lhe disse num comentário anterior que «Houve três testes e apenas no de leitura a média de Portugal é próxima da média da OCDE». No entanto, o nobre deputado insiste em confundir os leitores, ao dizer que Portugal aparece dentro da média da OCDE. Estou à espera que faça os mesmos progressos que fez a jornalista Bárbara Wong.
Cumprimentos.
15/12/2010
Assim está correcto, Bárbara
Há uma semana, Bárbara Wong escreveu que «Portugal entrou na média da OCDE a Português, Ciências e Matemática». Hoje limitou-se a dizer que «Portugal se aproximou das médias da OCDE nas literacias de leitura, matemática e científica». Registo com agrado o progresso na literacia da jornalista :)
13/12/2010
12/12/2010
Procurar nos arquivos é uma Maçada
"Há duas coisas que não podemos escolher: os nossos pais e a terra onde nascemos. Temos a obrigação de respeitar essa herança, amá-la e transmiti-la".
Dias Loureiro na apresentação de uma biografia do Menino de Oiro, o Primeiro Ministro de Portugal, José Sócrates.
Pedro Quartin Graça recuperou aqui uma entrevista de Sócrates feita pelo DN em 2000. A graça do post é que, no último parágrafo, o actual Primeiro Ministro de Portugal diz «não tenho o talento e as qualidades que um Primeiro Ministro deve ter» - estaria a ser sincero???
No entanto, o que interessa para este meu post é o parágrafo anterior. Sócrates referia-se à aldeia duriense Vilar de Maçada, quando o jornalista lhe perguntou:
- Foi lá que nasceu?
- Não, eu nasci na Covilhã...
Ora, como já referi num post de 2009, o jornalista Filipe Santos Costa escreveu que «de facto, o líder socialista nasceu no Porto, a 6 de Setembro de 1957, mas o pai fez questão de o registar» como natural de Vilar de Maçada. Afinal, parece que há quem possa escolher a terra onde nasceu.
Dias Loureiro na apresentação de uma biografia do Menino de Oiro, o Primeiro Ministro de Portugal, José Sócrates.
Pedro Quartin Graça recuperou aqui uma entrevista de Sócrates feita pelo DN em 2000. A graça do post é que, no último parágrafo, o actual Primeiro Ministro de Portugal diz «não tenho o talento e as qualidades que um Primeiro Ministro deve ter» - estaria a ser sincero???
No entanto, o que interessa para este meu post é o parágrafo anterior. Sócrates referia-se à aldeia duriense Vilar de Maçada, quando o jornalista lhe perguntou:
- Foi lá que nasceu?
- Não, eu nasci na Covilhã...
Ora, como já referi num post de 2009, o jornalista Filipe Santos Costa escreveu que «de facto, o líder socialista nasceu no Porto, a 6 de Setembro de 1957, mas o pai fez questão de o registar» como natural de Vilar de Maçada. Afinal, parece que há quem possa escolher a terra onde nasceu.
11/12/2010
PISA mining
José Manuel Fernandes compara (aqui) as médias dos testes PISA 2009 entre o ensino público e o ensino privado, atribuindo às escolas privadas um desempenho indubitavelmente superior. A realidade é um bocadinho mais complexa. O que o gráfico abaixo demonstra é que há dois grupos de escolas privadas: 1) as "independentes", i.e. cuja dependência de financiamento público é inferior a 50%, com resultados significativamente melhores; 2) as "dependentes", i.e. com financiamento maioritariamente público, cujos resultados não são significativamente diferentes dos das escolas públicas.
Por outro lado, como JMF reconhece, algumas escolas privadas atraem alunos de estatuto social e económico superior, com as condições para obterem melhores resultados, logo, para uma comparação mais justa, seria necessário controlar o efeito daquela variável. O relatório da OCDE fá-lo (Volume IV), relativamente aos testes de leitura, mas agrupando todas as escolas privadas. Assim, no caso português, as escolas privadas têm mais 28 pontos de média. A diferença baixa para 16 pontos quando se controla o estatuto social, cultural e económico do aluno. No entanto, quando se acrescenta também o efeito do estatuto social, cultural e económico da escola, a diferença reduz-se a 4 pontos e deixa de ser estatisticamente significativa.
Ao nível da OCDE, os resultados indicam que o que pode fazer melhorar o desempenho não é a forma jurídica de escola, pública ou privada, mas, como nota também JMF, os níveis de autonomia e responsabilidade, além de outros factores como o ambiente escolar, também mais favorável nas escolas privadas.
Por outro lado, como JMF reconhece, algumas escolas privadas atraem alunos de estatuto social e económico superior, com as condições para obterem melhores resultados, logo, para uma comparação mais justa, seria necessário controlar o efeito daquela variável. O relatório da OCDE fá-lo (Volume IV), relativamente aos testes de leitura, mas agrupando todas as escolas privadas. Assim, no caso português, as escolas privadas têm mais 28 pontos de média. A diferença baixa para 16 pontos quando se controla o estatuto social, cultural e económico do aluno. No entanto, quando se acrescenta também o efeito do estatuto social, cultural e económico da escola, a diferença reduz-se a 4 pontos e deixa de ser estatisticamente significativa.
Ao nível da OCDE, os resultados indicam que o que pode fazer melhorar o desempenho não é a forma jurídica de escola, pública ou privada, mas, como nota também JMF, os níveis de autonomia e responsabilidade, além de outros factores como o ambiente escolar, também mais favorável nas escolas privadas.
10/12/2010
PISA e políticas educativas
Mais do que especular sobre se a melhoria nos resultados dos testes PISA se deve às "reformas" de Maria de Lurdes Rodrigues, importa saber o que dizem os técnicos da OCDE sobre as políticas seguidas pelos países com melhores resultados naqueles testes.
Vejamos então as principais policy implications divulgadas no relatório
OECD (2010), PISA 2009 Results: What Makes a School Successful? – Resources, Policies and Practices (Volume IV) http://dx.doi.org/10.1787/9789264091559-en
«Recent research has emphasised the importance of teaching quality for learning outcomes. If there are ways in which higher investments can be used to recruit more qualified teachers or provide professional training that increases their effectiveness, this could be money well spent. The bottom line is that the quality of a school system cannot exceed the quality of its teachers.»
Agora sim, podem começar a discutir se tem sido esta a orientação da política dos últimos anos...
Vejamos então as principais policy implications divulgadas no relatório
OECD (2010), PISA 2009 Results: What Makes a School Successful? – Resources, Policies and Practices (Volume IV) http://dx.doi.org/10.1787/9789264091559-en
- Menor diferenciação
Separar alunos pelas suas capacidades ou vocações tende a produzir resultados mais fracos. Holanda e Suiça, onde há ambientes selectivos e bons resultados, são as excepções à regra. - Autonomia e responsabilidade
A autonomia da escola na definição da oferta educativa e dos conteúdos curriculares está associada a melhores resultados globais do sistema. [Portugal partilha com Grécia, Turquia e México o estatuto de países da OCDE onde há menor autonomia naqueles campos.] - Padrões
Estabelecer padrões de desempenho transparentes, com identificação precisa de metas de aprendizagem e resultados avaliados por exames externos. - Ambiente escolar
Disciplina, relações entre professores e alunos e atitudes da família face à escola são muito importantes para obter resultados positivos, sobretudo nas escolas que se localizam em áreas desfavorecidas. - Recursos humanos
A qualidade dos RH (professores e directores) é mais importante do que os recursos materiais e financeiros. Atingido um nível básico, os equipamentos e materiais não têm qualquer impacto significativo nos resultados. É preferível pagar maiores salários aos professores, mesmo que para isso se aumente o tamanho das turmas.
«Recent research has emphasised the importance of teaching quality for learning outcomes. If there are ways in which higher investments can be used to recruit more qualified teachers or provide professional training that increases their effectiveness, this could be money well spent. The bottom line is that the quality of a school system cannot exceed the quality of its teachers.»
Agora sim, podem começar a discutir se tem sido esta a orientação da política dos últimos anos...
09/12/2010
O mexilhão
Através do EcoTretas, cheguei a um artigo do Público onde se explica como o Estado se financia cobrando aos operadores de produção eléctrica uns milhões à cabeça, pagos depois às prestações pelos consumidores de electricidade:
«O Estado encontrou uma nova fonte de receita na concessão das novas grandes barragens. As licenças para Iberdrola, Endesa e EDP totalizaram 624 milhões de euros de encaixe financeiro e foram utilizados para despesa pública geral. Com os concursos para as centrais mini-hídricas e solares fotovoltaicas, que têm de estar fechados até final do ano, o Estado assumiu que procurava a "mais alta contrapartida financeira", como explicita no anúncio do concurso, e espera arrecadar mais 110 milhões de euros ou um pouco mais, sendo verbas que vão servir, de novo, para fins fora do sistema eléctrico.»
«O Estado está a usar os promotores de energias renováveis como financiadores e fixa-lhes tarifas garantidas ao longo de anos para se ressarcirem do dinheiro (...)
Para além de dar valores mais atractivos para a tarifa garantida, como compensação futura, o Governo, em alguns casos, tem alargado o prazo dessa garantia bem como o das concessões.»
Uma pequena fatia destes milhões usados "fora do sistema eléctrico" serve para calar os autarcas dos locais de concessão - prejudica-se a lontra, lixa-se o mexilhão (de água doce, neste caso), mas haverá mais uma estrada alcatroada, um polidesportivo ou um museu etnográfico para inaugurar, algo precioso neste tempo de vacas magras.
«O Estado encontrou uma nova fonte de receita na concessão das novas grandes barragens. As licenças para Iberdrola, Endesa e EDP totalizaram 624 milhões de euros de encaixe financeiro e foram utilizados para despesa pública geral. Com os concursos para as centrais mini-hídricas e solares fotovoltaicas, que têm de estar fechados até final do ano, o Estado assumiu que procurava a "mais alta contrapartida financeira", como explicita no anúncio do concurso, e espera arrecadar mais 110 milhões de euros ou um pouco mais, sendo verbas que vão servir, de novo, para fins fora do sistema eléctrico.»
«O Estado está a usar os promotores de energias renováveis como financiadores e fixa-lhes tarifas garantidas ao longo de anos para se ressarcirem do dinheiro (...)
Para além de dar valores mais atractivos para a tarifa garantida, como compensação futura, o Governo, em alguns casos, tem alargado o prazo dessa garantia bem como o das concessões.»
Uma pequena fatia destes milhões usados "fora do sistema eléctrico" serve para calar os autarcas dos locais de concessão - prejudica-se a lontra, lixa-se o mexilhão (de água doce, neste caso), mas haverá mais uma estrada alcatroada, um polidesportivo ou um museu etnográfico para inaugurar, algo precioso neste tempo de vacas magras.
08/12/2010
Wong, Barbara
A capa do Público de hoje é enganadora.
Alega a jornalista Bárbara Wong que «Portugal entrou na média da OCDE a Português, Ciências e Matemática», o que é falso!
No teste de leitura os estudantes portugueses têm um resultado médio (489) que não se distingue da média global (493). Pelo contrário, no teste de matemática a pontuação dos portugueses (487) é significativamente inferior à média (496). Também em ciências a média dos portugueses (493) é significativamente inferior à média da OCDE (501).
O relatório da OCDE até apresenta cores diferentes, consoante a média dos países se distingue ou não da média geral, pelo que não se compreende o erro da jornalista!!!
Quanto à manchete, também é muito forçada...
Na leitura, os alunos portugueses "progrediram" 19 pontos desde 2000, um resultado bastante positivo mas abaixo dos "progressos" da Polónia (21), Israel (22) e Chile (40). Na Turquia não há dados para 2000, mas este país subiu 31 pontos de 2003 a 2009. No entanto, se em Portugal compararmos o teste de leitura de 2009 (489) com o de 2003 (478), nem sequer se pode dizer que a média seja significativamente superior (do ponto de vista estatístico - Cf. tabela V.2.9 do relatório Changes in Student Performance since 2000 - Volume V).
No teste de matemática, Portugal melhorou 21 pontos, ao mesmo nível de Grécia e Turquia e significativamente abaixo do México (33), país que continua sendo o mais fraco.
Em ciências só há dados de evolução de 2006 para 2009 (note-se que, em Portugal, os resultados globais de 2006 tinham sido inferiores aos de 2003). Neste caso, apenas a Turquia (30 pontos) subiu mais do que Portugal (19).
Globalmente, o país da OCDE cuja pontuação média mais progrediu foi a Turquia e não Portugal como se escreveu na manchete.
Alega a jornalista Bárbara Wong que «Portugal entrou na média da OCDE a Português, Ciências e Matemática», o que é falso!
No teste de leitura os estudantes portugueses têm um resultado médio (489) que não se distingue da média global (493). Pelo contrário, no teste de matemática a pontuação dos portugueses (487) é significativamente inferior à média (496). Também em ciências a média dos portugueses (493) é significativamente inferior à média da OCDE (501).
O relatório da OCDE até apresenta cores diferentes, consoante a média dos países se distingue ou não da média geral, pelo que não se compreende o erro da jornalista!!!
Quanto à manchete, também é muito forçada...
Na leitura, os alunos portugueses "progrediram" 19 pontos desde 2000, um resultado bastante positivo mas abaixo dos "progressos" da Polónia (21), Israel (22) e Chile (40). Na Turquia não há dados para 2000, mas este país subiu 31 pontos de 2003 a 2009. No entanto, se em Portugal compararmos o teste de leitura de 2009 (489) com o de 2003 (478), nem sequer se pode dizer que a média seja significativamente superior (do ponto de vista estatístico - Cf. tabela V.2.9 do relatório Changes in Student Performance since 2000 - Volume V).
No teste de matemática, Portugal melhorou 21 pontos, ao mesmo nível de Grécia e Turquia e significativamente abaixo do México (33), país que continua sendo o mais fraco.
Em ciências só há dados de evolução de 2006 para 2009 (note-se que, em Portugal, os resultados globais de 2006 tinham sido inferiores aos de 2003). Neste caso, apenas a Turquia (30 pontos) subiu mais do que Portugal (19).
Globalmente, o país da OCDE cuja pontuação média mais progrediu foi a Turquia e não Portugal como se escreveu na manchete.
PISA, PIIGS & especuladores
O gráfico abaixo apresenta a média das pontuações dos países da zona euro na edição de 2009 do teste de matemática PISA. É evidente que "a ditadura dos mercados financeiros" atinge particularmente quem se dá mal com números!
07/12/2010
El mano
Não compreendo que alguém possa dizer que El Mano beneficiou o FCP. É certo que o homem inventou um penalty a seu favor na 1.ª parte, mas, vendo-os jogar tão mal, pôs a mão na consciência e, mesmo a terminar o jogo, marcou penalty contra por duas vezes!
01/12/2010
As minhas escolhas
Fluir
Relógio d'Agua, 2002, 18€
Por diversas vezes me cruzei com a versão em língua inglesa, mas só há poucas semanas comprei a (boa) tradução da Relógio d'Água.
Das muitas leituras que é possível fazer do que Csikszentmihalyi escreveu, realço aqui uma complementaridade ao livro de Schwartz que aconselhei há uns tempos - a felicidade não está na lotaria, nem, muito menos, no controlo remoto; pode estar em actividades "normais", desde que nos proporcionem a dose certa de desafio. «As pessoas que aprendem a desfrutar do seu trabalho, que não desperdiçam o tempo livre, acabam por sentir que, globalmente, a sua vida vale muito mais a pena».
Relógio d'Agua, 2002, 18€
Por diversas vezes me cruzei com a versão em língua inglesa, mas só há poucas semanas comprei a (boa) tradução da Relógio d'Água.
Das muitas leituras que é possível fazer do que Csikszentmihalyi escreveu, realço aqui uma complementaridade ao livro de Schwartz que aconselhei há uns tempos - a felicidade não está na lotaria, nem, muito menos, no controlo remoto; pode estar em actividades "normais", desde que nos proporcionem a dose certa de desafio. «As pessoas que aprendem a desfrutar do seu trabalho, que não desperdiçam o tempo livre, acabam por sentir que, globalmente, a sua vida vale muito mais a pena».
29/11/2010
Sem pingo de vergonha
Aquele que prometeu criar 150 mil empregos - com os resultados que se conhece - promete agora mais 120 mil só «nestas novas áreas» (energias renováveis). E ainda tem a lata de afirmar que «Os parceiros africanos podem beneficiar da experiência europeia no desenvolvimento [...] de quadros regulamentares que são apropriados à mitigação dos efeitos das alterações climáticas». Já estará a arranjar um lugar para Ascenso numa qualquer ERSE africana???
26/11/2010
Mas qual poupança?
Caro EcoTretas,
pouco importa se a "poupança" são 100, 700 ou 800, não se pode comparar um dos pratos da balança de transacções correntes com o acréscimo na factura dos consumidores.
Como escreveu a OCDE, se falamos de transacções correntes, então devemos comparar a diminuição nas importações de combustíveis com i) diminuição das exportações industriais provocadas pelo aumento do custo da energia; ii) custo de oportunidade do capital canalizado para as renováveis face, p. ex. à sua canalização para sectores exportadores.
O que se passa é que o Governo garantiu negócios em condições muito vantajosas para os operadores do cluster energético, em prejuízo dos consumidores e, tudo indica, da economia portuguesa. Essa zorreira não consegue encobrir o óbvio - mais uma vez, as decisões "estratégicas" defendem os mais fortes... basta ver as relações entre estas empresas, os reguladores e os partidos.
pouco importa se a "poupança" são 100, 700 ou 800, não se pode comparar um dos pratos da balança de transacções correntes com o acréscimo na factura dos consumidores.
Como escreveu a OCDE, se falamos de transacções correntes, então devemos comparar a diminuição nas importações de combustíveis com i) diminuição das exportações industriais provocadas pelo aumento do custo da energia; ii) custo de oportunidade do capital canalizado para as renováveis face, p. ex. à sua canalização para sectores exportadores.
O que se passa é que o Governo garantiu negócios em condições muito vantajosas para os operadores do cluster energético, em prejuízo dos consumidores e, tudo indica, da economia portuguesa. Essa zorreira não consegue encobrir o óbvio - mais uma vez, as decisões "estratégicas" defendem os mais fortes... basta ver as relações entre estas empresas, os reguladores e os partidos.
25/11/2010
23/11/2010
Sem paz não há turismo
Foto de João Maria Condeixa
Em primeiro lugar, sou céptico quanto ao slogan da foto. Segundo Rui Zink, «a Comissão tem razões para acreditar na existência, sobretudo nas prósperas sociedades emergentes, de uma procura para esses mesmos produtos [turísticos num cenário de guerra]».Não obstante, através do "PÚBLICO, com [
18/11/2010
Monumental da Luz
Foto EFE
Resta agradecer aos campeones que, apesar das fronteiras fechadas, não se esqueceram dos caramelos.
Resta agradecer aos campeones que, apesar das fronteiras fechadas, não se esqueceram dos caramelos.
17/11/2010
Uma lição de Psicologia Económica
A Assembleia da República conta com um especialista em Psicologia Económica. Não só domina o conceito de "austeridade internacional", como é capaz de explicar por que "os juros sobem!". É ler aqui.
Mais uma cereja
Infelizmente há poucos Cerejos no jornalismo português.
Esta notícia enfatiza o facto de um bói ter rescindido por mútuo acordo contrato com o PS, passar a receber subsídio de desemprego e um subsídio para criar o seu posto de trabalho ilegalmente, já que exercia actividade independente na prestação de serviços de «assessoria técnica e política».
As verbas que recebeu ilegalmente serão repostas e nada de mais se passará. Da minha parte, o que me indigna são as verbas que recebe legalmente - a Câmara desembolsa quase cinco mil euros por mês para pagar a um funcionário do partido, sob o pretexto de obter assessoria política de um especialista cujo principal feito político é ter sido candidato derrotado à presidência de uma Junta de Freguesia.
Esta notícia enfatiza o facto de um bói ter rescindido por mútuo acordo contrato com o PS, passar a receber subsídio de desemprego e um subsídio para criar o seu posto de trabalho ilegalmente, já que exercia actividade independente na prestação de serviços de «assessoria técnica e política».
As verbas que recebeu ilegalmente serão repostas e nada de mais se passará. Da minha parte, o que me indigna são as verbas que recebe legalmente - a Câmara desembolsa quase cinco mil euros por mês para pagar a um funcionário do partido, sob o pretexto de obter assessoria política de um especialista cujo principal feito político é ter sido candidato derrotado à presidência de uma Junta de Freguesia.
14/11/2010
As minhas escolhas
13/11/2010
Igualdade
«No caso dos homens, temos conseguido reduzir a percentagem de fumadores, mas nas mulheres não pára de aumentar. Como os efeitos do tabaco muitas vezes só se revelam 20 ou 30 anos depois, e como em Portugal se começou a fumar mais tarde, estamos agora a sofrer as consequências. E, se mantivermos estes comportamentos, admito que dentro de dez anos as mortes por cancro do pulmão ultrapassem as da mama [nas mulheres]».
Noutras áreas de tradicional dominância masculina, as notícias não são tão "boas". Apesar do grande esforço que as mulheres têm feito no consumo exagerado de bebidas alcoólicas, têm a desvantagem de não sentirem tanto prazer nesse consumo quanto os homens, sendo muito menos propensas ao alcoolismo. Já no que respeita às mortes na estrada, apesar da sua reconhecida (just kidding) aselhice, falta-lhes um pouco de agressividade para conseguirem um bom lugar nas estatísticas. A luta pela "igualdade" vai continuar.
11/11/2010
Ide ali almejar!
Se JDQ e RAP deixarem de escrever as suas crónicas d'a Bola por causa do intratável MST, quem perde é o jornal que foi para mim uma espécie de Livro de Leituras da 1.ª Classe e onde RAP é/ era um dos poucos cronistas que ainda faz(ia) esse serviço público que é a escrita em bom português.
09/11/2010
Sacrifício
Muitos jornalistas, comentadores e governantes (?) tugas têm dos "mercados" um entendimento de certas teologias que admitem uma expiação sacrificial das asneiras que fazemos. Apesar de tudo, creio que este livrinho antigo é capaz de explicar melhor do que o Levítico "as exigências dos mercados"...
Adenda 10-11: Nestas matérias das expiações salvíficas, ainda há profetas flexíveis - «não há nenhum limite objetivo, nem a fixação de nenhuma fronteira [os tais 7% da profecia]. A situação internacional tem evoluído muito rapidamente e as avaliações têm de ser feitas à medida que essa evolução se verifica», "desdramatizou" ontem o profeta Zacarias.
Adenda 10-11: Nestas matérias das expiações salvíficas, ainda há profetas flexíveis - «não há nenhum limite objetivo, nem a fixação de nenhuma fronteira [os tais 7% da profecia]. A situação internacional tem evoluído muito rapidamente e as avaliações têm de ser feitas à medida que essa evolução se verifica», "desdramatizou" ontem o profeta Zacarias.
03/11/2010
Alta velocidade
«Acho incrível que um deputado, que está sempre a falar de crescimento económico, tenha como única preocupação acabar com um projecto que tem como efeito o crescimento económico, o emprego e o desenvolvimento económico». Como se diz agora, "tipo" «rara oportunidade».
Agora, as coisas que eu "acho incrível":
Agora, as coisas que eu "acho incrível":
- Que em Março de 2009 o Governador Civil de Vila Real tenha dito que as obras da Linha do Corgo estariam "concluídas ainda durante o ano de 2009";
- Que no dia das mentiras de 2009 a Secretária de Estado dos Transportes tenha sossegado a população com a reabertura da linha do Corgo em Setembro de 2010;
- Que as pessoas acima referidas ainda não tenham dado explicações sobre a evidência que a foto documenta.
30/10/2010
Um Nobre às direitas?
Esta sondagem da Aximage desdobra as intenções de voto nos candidatos presidenciais em função do voto declarado nas legislativas de 2009. Através de uma técnica estatística bastante simples, é possível traduzir esse desdobramento num plano, como no gráfico abaixo.
A visualização do gráfico permite constatar algumas evidências:
A visualização do gráfico permite constatar algumas evidências:
- Os eleitores do PSD são os que têm uma inclinação mais clara por um candidato.
- Alegre tem uma boa posição nos três partidos da esquerda.
- Cavaco domina no PSD, tem uma posição confortável no CDS e posições bastantes razoáveis nos partidos da esquerda.
- O candidato que uma facção do PS lançou para fazer frente ao candidato apoiado pelo PS, está mais próximo, afinal, do CDS e do... BE.
- Pelo posicionamento no gráfico (especialmente tendo em conta que o eixo horizontal é muito mais importante), Nobre poderia ser uma ameaça para a previsível vitória de Cavaco e nunca uma ameaça para Alegre.
26/10/2010
23/10/2010
Touradas e Tomates
Para a Economist, parece ser uma questão de touradas:
«SPANISH matadors kill bulls in the ring; the Portuguese put them down after the fight. When the Greek debt crisis threatened to engulf Iberia in May, Spain went in for the kill, slashing spending and freezing pensions. The more measured approach of José Sócrates, Portugal’s prime minister, involved limiting wage cuts to politicians and senior civil servants, increasing value-added tax and postponing big infrastructure projects. Spain’s quick moves helped it escape the storm. But Portugal’s borrowing costs soared to a euro-era record in September. Now Mr Sócrates has been forced to accept his mistake with a new austerity package at least as tough as Spain’s.»
A mim parece-me mais uma questão de tomates. Não sei se Ferreira Leite teria tido tomates para enfrentar o touro, mas sei que os espanhois compreenderam mais cedo o seu discurso. Do lado de cá da fronteira, os desgovernantes preocupam-se mais com a cor das gravatas.
Pergunto aos meus compatriotas - as luzidias gravatas de Sócrates & Mendonça resistiriam a uma tomatina?
«SPANISH matadors kill bulls in the ring; the Portuguese put them down after the fight. When the Greek debt crisis threatened to engulf Iberia in May, Spain went in for the kill, slashing spending and freezing pensions. The more measured approach of José Sócrates, Portugal’s prime minister, involved limiting wage cuts to politicians and senior civil servants, increasing value-added tax and postponing big infrastructure projects. Spain’s quick moves helped it escape the storm. But Portugal’s borrowing costs soared to a euro-era record in September. Now Mr Sócrates has been forced to accept his mistake with a new austerity package at least as tough as Spain’s.»
A mim parece-me mais uma questão de tomates. Não sei se Ferreira Leite teria tido tomates para enfrentar o touro, mas sei que os espanhois compreenderam mais cedo o seu discurso. Do lado de cá da fronteira, os desgovernantes preocupam-se mais com a cor das gravatas.
Pergunto aos meus compatriotas - as luzidias gravatas de Sócrates & Mendonça resistiriam a uma tomatina?
22/10/2010
His name is Sócrates, José Sócrates
Quando se trata da "liquidação" da Escola Pública, Acácio Pinto atribui a Passos Coelho aquilo que tem sido feito pelos Governos de Sócrates.
Agora, ao visualizar o vídeo do 31, atribuiu o guião ao PSD: «Tudo e o seu contrário é o guião deste PSD». Caríssimo deputado - veja lá o vídeo de novo, a ver se reconhece alguém!
Agora, ao visualizar o vídeo do 31, atribuiu o guião ao PSD: «Tudo e o seu contrário é o guião deste PSD». Caríssimo deputado - veja lá o vídeo de novo, a ver se reconhece alguém!
18/10/2010
O perigoso liberal Passos Coelho
Há um mês publiquei aqui um gráfico que mostra como "Passos Coelho" tem conduzido uma política de oferta educativa que se traduz num aumento acentuado da despesa privada com educação.
Ontem o Umbigo apresentou uma infografia do Público, que abaixo reproduzo, a qual dispensa palavras para demonstrar a destruição da reputação da Escola Pública, desde que "Passos Coelho" é Primeiro Ministro.
Ontem o Umbigo apresentou uma infografia do Público, que abaixo reproduzo, a qual dispensa palavras para demonstrar a destruição da reputação da Escola Pública, desde que "Passos Coelho" é Primeiro Ministro.
17/10/2010
Para que serve um regulador?
- Em primeiro lugar, obviamente, para colocar bóis.
- Em segundo lugar, para validar a política governamental que, apresentada como "custos de interesse económico geral", consiste em tirar dinheiro dos consumidores e distribuir pela malta amiga. Vejamos, num documento da ERSE, os «factores que resultam no incremento do nível tarifário» da electricidade: a) Produção em Regime Especial - Paga-se mais aos produtores deste regime e garante-se a compra de toda a produção - grande negócio! Quanto mais se produzir em regime especial, mais cara é a energia consumida.
b) Manutenção do Equilíbrio Contratual - Quanto mais se produzir em regime especial, menos vendem os produtores convencionais - mas ganham o mesmo, já que, nos termos da lei, o seu rendimento não pode ser menor do que o que estava contratualmente estabelecido.
c) Garantia de Potência - incentivos à produção no regime ordinário «pagos por todos os consumidores de energia eléctrica e reflectidos nas tarifas de acesso às redes».
Note-se que a mesma ERSE aceitou que, em ano elitoral (2009), boa parte dos custos de "interesse económico geral" fossem diferidos para os anos seguintes. Em 2011, com ou sem eleições, segundo as contas do Público, cada consumidor terá para pagar, em média, 425 euros de interesse geral. Suponho que faça parte do "interesse económico geral" pagar para que uma universidade americana acolha um ex-ministro especialista em safar empregos e um Primeiro Ministro especialista em criar um Rendimento Mínimo Garantido aos produtores de electricidade.
P.S. Há a acrescentar mais este "custo de interesse económico geral" que se chama RTP.
12/10/2010
Obrigado e Parabéns!
A sacrossanta Escola Pública substituiu os crucifixos por ícnones da "religião verde". Nos media, sobretudo na blogosfera, são cada vez mais as vozes que reclamam uma "lei da separação". Eu não tenho falsas expectativas quanto a uma escola "laica". Considero, até, que alguns valores desta religião (como de outras) são defensáveis. Mas abomino o fundamentalismo e é por isso que sou leitor assíduo do EcoTretas. Um serviço público.
Sondagens a mortos
«exceptuando Emídio Rangel, a generalidade dos ministros, os deputados do PS, alguns presidentes de câmara e uns tantos falecidos, alguém votou neste governo?»
08/10/2010
Viva a República!
O amigo Artur Fontes fez-me o favor de me enviar um texto sobre o Centenário antes da sua publicação no Farol. Circunstâncias várias impediram-me de lhe responder em devido tempo, mas deixo-lhe aqui e agora uma resposta breve.
Do que escreveu - fundamentalmente, uma resenha de escritos de outrem, como é hábito na sua coluna - só não concordo com o penúltimo parágrafo. Lendo autores de diversas sensibilidades, é minha convicção que a tentativa de manter uma Democracia Parlamentar não foi nem persistente, nem consistente. O mal principal do sistema político da I República não foi a instabilidade - isso até serviria para "legitimar" a estabilidade governativa do nosso vizinho do Vimieiro! Creio que o mal principal foi a falta de pluralismo, inclusive dentro do partido dominante, foi «A continuada presença dos democráticos nas várias estruturas da administração pública e em conselhos de administração de empresas e bancos [que] criou rotinas de centralismo burocrático, subalternizando a dinâmica de partido em relação à dinâmica de Estado, o que diluiu a autonomia partidária, o militantismo dos filiados, a capacidade de renovação ideológica ou a crítica livre por parte dos seus protagonistas políticos».
Mesmo reconhecendo que, actualmente, os ideais "republicanos" são mais bem realizados em monarquias... acompanho o seu Viva a República! Não a I, mas a III.
Do que escreveu - fundamentalmente, uma resenha de escritos de outrem, como é hábito na sua coluna - só não concordo com o penúltimo parágrafo. Lendo autores de diversas sensibilidades, é minha convicção que a tentativa de manter uma Democracia Parlamentar não foi nem persistente, nem consistente. O mal principal do sistema político da I República não foi a instabilidade - isso até serviria para "legitimar" a estabilidade governativa do nosso vizinho do Vimieiro! Creio que o mal principal foi a falta de pluralismo, inclusive dentro do partido dominante, foi «A continuada presença dos democráticos nas várias estruturas da administração pública e em conselhos de administração de empresas e bancos [que] criou rotinas de centralismo burocrático, subalternizando a dinâmica de partido em relação à dinâmica de Estado, o que diluiu a autonomia partidária, o militantismo dos filiados, a capacidade de renovação ideológica ou a crítica livre por parte dos seus protagonistas políticos».
Mesmo reconhecendo que, actualmente, os ideais "republicanos" são mais bem realizados em monarquias... acompanho o seu Viva a República! Não a I, mas a III.
07/10/2010
Ideais republicanos
Aqui estão dois dos principais:
Liberté - Liberdades civis
Egalité - Igualdade de género na política e na economia
O gráfico apresenta os 30 países com maior índice de liberdades civis.
Dados originais retirados de:
Campbell, David F. J. / Georg Pölzlbauer (2010): The Democracy Ranking 2009 of the Quality of Democracy: Method and Ranking Outcome. Comprehensive Scores and Scores for the Dimensions. Vienna: Democracy Ranking (http://www.democracyranking.org/).
Liberté - Liberdades civis
Egalité - Igualdade de género na política e na economia
O gráfico apresenta os 30 países com maior índice de liberdades civis.
Dados originais retirados de:
Campbell, David F. J. / Georg Pölzlbauer (2010): The Democracy Ranking 2009 of the Quality of Democracy: Method and Ranking Outcome. Comprehensive Scores and Scores for the Dimensions. Vienna: Democracy Ranking (http://www.democracyranking.org/).
República = Democracia?
É comum, para justificar as comemorações do centenário, falar de um ideal de República que é a Democracia. É extraordinário, pelo menos, por duas razões:
Bom, eu também prefiro uma República, fundamentalmente porque penso que ninguém merece o castigo de ocupar um cargo vitalício de Chefe de Estado. Felizes os que conseguem viver com um Chefe de Estado vitalício de outro país :)
De qualquer modo, aqui fica o ranking de democracia elaborado pelo Economist, a partir de cinco dimensões: pluralismo, governança, participação, cultura política e liberdades civis. Para ajudar os que confundem os conceitos, as repúblicas ficam a bold.
1 Sweden
2 Norway
3 Iceland
4 Netherlands
5 Denmark
6 Finland
7 New Zealand
8 Switzerland
9 Luxembourg
10 Australia
11 Canada
12 Ireland
13 Germany
14 Austria
15 Spain
16 Malta
17 Japan
18 United States
19 Czech Republic
20 Belgium
21 United Kingdom
22 Greece
23 Uruguay
24 France
25 Portugal
26 Mauritius
27 Costa Rica
28 South Korea
- Só houve democracia (como se entende hoje) no último terço desse século, mas, omitindo 48 anos de República, parece que só sobrou democracia;
- Exclui-se a possibilidade de um regime não republicano ser democrático.
Bom, eu também prefiro uma República, fundamentalmente porque penso que ninguém merece o castigo de ocupar um cargo vitalício de Chefe de Estado. Felizes os que conseguem viver com um Chefe de Estado vitalício de outro país :)
De qualquer modo, aqui fica o ranking de democracia elaborado pelo Economist, a partir de cinco dimensões: pluralismo, governança, participação, cultura política e liberdades civis. Para ajudar os que confundem os conceitos, as repúblicas ficam a bold.
1 Sweden
2 Norway
3 Iceland
4 Netherlands
5 Denmark
6 Finland
7 New Zealand
8 Switzerland
9 Luxembourg
10 Australia
11 Canada
12 Ireland
13 Germany
14 Austria
15 Spain
16 Malta
17 Japan
18 United States
19 Czech Republic
20 Belgium
21 United Kingdom
22 Greece
23 Uruguay
24 France
25 Portugal
26 Mauritius
27 Costa Rica
28 South Korea
01/10/2010
Descubra as diferenças
Notícias sobre uma suposta penetração da Internet em 63% dos lares "portugueses no continente" suscitaram-me a seguinte questão:
- O que explica a diferença entre as estimativas da Marktest e do INE(*) para a mesma variável?
(*) Os dados foram retirados do Eurostat por razões de facilidade na sua obtenção, mas resultam do Inquérito à Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação pelas Famílias.
- O que explica a diferença entre as estimativas da Marktest e do INE(*) para a mesma variável?
30/09/2010
O CV de Oliveira da Figueira
Como diz o povo, está-lhes na massa do sangue!
Depois de ter saído um livro inteirinho sobre o CV de Oliveira da Figueira, a tentação para adornar continua irresistível, como se prova pela "Information provided by the office of Prime Minister José Sócrates". Não falo do background da "aula", nem da "imprecisão" que consiste em tentar passar a ideia de que o sr. «was one of the founders of the youth branch of the Portuguese Social Democratic Party». Vou antes notar duas coisas.
Em primeiro lugar, o curriculum académico está muito (bem) resumido - salta de «he went to Coimbra, where he earned a degree in civil engineering» para «He received an MBA in 2005 from the Lisbon University Institute». Não menciona que o sr. foi um brilhante aluno na Universidade Independente, aprovado com 18 val. a "bad english" ou "bed english" ou "fax english" ou lá o que é.
Em segundo lugar, o curriculum de governante destaca a performance do país nas energias renováveis: «The country's installed renewable energy capacity more than tripled between 2004 and 2009». Ora, segundo os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, a capacidade instalada das renováveis era de 5676 MW em 2004 e de 9055 MW em 2009. Como dizia o outro, é só fazer as contas - aumentou 60%, bem menos do que os 200% que eles disseram aos americanos.
Depois de ter saído um livro inteirinho sobre o CV de Oliveira da Figueira, a tentação para adornar continua irresistível, como se prova pela "Information provided by the office of Prime Minister José Sócrates". Não falo do background da "aula", nem da "imprecisão" que consiste em tentar passar a ideia de que o sr. «was one of the founders of the youth branch of the Portuguese Social Democratic Party». Vou antes notar duas coisas.
Em primeiro lugar, o curriculum académico está muito (bem) resumido - salta de «he went to Coimbra, where he earned a degree in civil engineering» para «He received an MBA in 2005 from the Lisbon University Institute». Não menciona que o sr. foi um brilhante aluno na Universidade Independente, aprovado com 18 val. a "bad english" ou "bed english" ou "fax english" ou lá o que é.
Em segundo lugar, o curriculum de governante destaca a performance do país nas energias renováveis: «The country's installed renewable energy capacity more than tripled between 2004 and 2009». Ora, segundo os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, a capacidade instalada das renováveis era de 5676 MW em 2004 e de 9055 MW em 2009. Como dizia o outro, é só fazer as contas - aumentou 60%, bem menos do que os 200% que eles disseram aos americanos.
O mito Teixeira dos Santos
«Como é que podemos considerar “responsável” um Ministro das Finanças que tem sistematicamente levado a cabo desorçamentações e manobras de contabilidade criativa denunciadas pelas mais diversas instâncias nacionais (Tribunal de Contas e UTAO) e internacionais (OCDE e FMI)? Um Ministro das Finanças que omitiu descaradamente a execução orçamental em 2009? Um Ministro das Finanças que deixou derrapar as contas públicas dois anos seguidos? Um Ministro das Finanças que aprovou dois planos de austeridade em que prometia cortar na despesa e fez exactamente o contrário? Um Ministro das Finanças que tem feito todos os possíveis e possíveis para ocultar (sim, ocultar) o verdadeiro estado das contas públicas nacionais e de omitir os encargos da dívida pública indirecta (das empresas públicas) e dos encargos com as parcerias público-privadas?» Álvaro Santos Pereira
29/09/2010
Certamente que não!
Isto de citar fervorosamente Valupi não é bom sinal...
Há um ano, enquanto a "outra senhora" dizia que «Suspenderemos inmediatamente los procesos de adjudicación en curso para la alta velocidade (...) priorizando la rehabilitación y desarrollo de la red ferroviaria convencional», havia quem apontasse as "direcções certas":
Do lado de cá, os "alarmistas" estão na Missa de 7.º dia da "outra senhora" ou "acolitam" a "direita retrógrada" no "coro liberal". No pasa nada, o IVA tem as costas largas. Ou não...
Há um ano, enquanto a "outra senhora" dizia que «Suspenderemos inmediatamente los procesos de adjudicación en curso para la alta velocidade (...) priorizando la rehabilitación y desarrollo de la red ferroviaria convencional», havia quem apontasse as "direcções certas":
- "busca das energias que substituirão um petróleo cada vez mais caro", sem atender ao custo de oportunidade, nem, muito menos, ao preço dessa "busca";
- "choque tecnológico primário no ensino básico", caro e sem resultados no desempenho escolar;
- "comboios, e dos de alta velocidade em particular".
Do lado de cá, os "alarmistas" estão na Missa de 7.º dia da "outra senhora" ou "acolitam" a "direita retrógrada" no "coro liberal". No pasa nada, o IVA tem as costas largas. Ou não...
28/09/2010
O outro relatório da OCDE - 3
Ao contrário de algumas manchetes (V. as notícias referidas por Olho de Gato), a OCDE não defende o aumento, nem sequer a existência do "imposto mais estúpido do mundo":
«Portugal should levy IMT only on the initial transactions of property, while abolishing many of its exemptions. In the longer term, the authorities could consider replacing IMT by VAT on new house sales.» (p. 12)
«Portugal should levy IMT only on the initial transactions of property, while abolishing many of its exemptions. In the longer term, the authorities could consider replacing IMT by VAT on new house sales.» (p. 12)
O outro relatório da OCDE - 2
Desta vez não vou citar o relatório da OCDE, vou relembrar o que disse o Ministro do Fomento de Espanha em Maio no Congresso dos Deputados, sem precisar do frete de Gurría.
«Los ciudadanos no entenderían, que cuando se les pide un esfuerzo en sus economías personales y familiares, el sector público no haga lo mismo, y sigamos construyendo más y más infraestructuras, cuando las prioridades del país, ahora, son otras.»
«Por todo ello, vamos a abordar esta situación reprogramando la mayoría de las inversiones que estamos acometiendo y reconsiderando las que no son imprescindibles. Esto se traduce en que vamos a posponer nuevas licitaciones, demorar plazos de finalización de obras, suspender temporalmente actuaciones e [sic] incluso anular contratos en ejecución.»
Por cá, só temos o Oliveira da Figueira.
«Los ciudadanos no entenderían, que cuando se les pide un esfuerzo en sus economías personales y familiares, el sector público no haga lo mismo, y sigamos construyendo más y más infraestructuras, cuando las prioridades del país, ahora, son otras.»
«Por todo ello, vamos a abordar esta situación reprogramando la mayoría de las inversiones que estamos acometiendo y reconsiderando las que no son imprescindibles. Esto se traduce en que vamos a posponer nuevas licitaciones, demorar plazos de finalización de obras, suspender temporalmente actuaciones e [sic] incluso anular contratos en ejecución.»
Por cá, só temos o Oliveira da Figueira.
O outro relatório da OCDE - 1
Ainda não tive tempo para postar mais algumas impressões do relatório da OCDE sobre educação, e já me vejo obrigado, pela agenda mediática, a postar algumas impressões sobre o Economic Survey...
A primeira impressão é a retórica do investimento em energias renováveis para diminuir o défice, a grande tese mil vezes repetida pelo Ministro das Eólicas e milhões de vezes repetida pelo Simplex.
Numa secção sobre a falta de competitividade da economia e o desequilíbrio na balança comercial, diz o relatório (pp. 27-28) [sublinhados meus]:
«Portugal's large energy balance deficit is due inter alia to structural features such as above-averafe energy dependence and energy intensity [...] To tackle these problems, as well as to reduce CO2 emissions, the government has been actively promoting strong reliance on renewable energy sources and higher energy efficiency. The ambitious targets for 2020 set in the recent National Energy Strategy, which include a 20% reduction in final energy consumption and a fall in energy dependence to 74%, are expected to reduce nete energy imports by around 2000 million euros relative to 2010. Estimating the overall impact in the current account is nonetheless more complex: the fall in energy imports and the development of energy-related industrial clusters with export potential need to be weighed against more expensive electricity from renewable sources and the opportunity cost of resources channelled into renewable energy».
Não basta uma premissa irrealista da supressão de 1/5 do consumo (será que a recessão vai ser assim tão forte?) nos próximos 10 anos para fazer uma estimativa simplex da redução do deficit externo em 2 mil milhões - é preciso saber:
Quanto nos vai custar, em saldo de transações correntes, a electricidade a um preço superior aos concorrentes?
Quanto nos vai custar, em saldo de transações correntes, a canalização de fundos para a "economia verde" em vez da sua canalização para outros investimentos capazes de gerar saldo positivo na balança?
A primeira impressão é a retórica do investimento em energias renováveis para diminuir o défice, a grande tese mil vezes repetida pelo Ministro das Eólicas e milhões de vezes repetida pelo Simplex.
Numa secção sobre a falta de competitividade da economia e o desequilíbrio na balança comercial, diz o relatório (pp. 27-28) [sublinhados meus]:
«Portugal's large energy balance deficit is due inter alia to structural features such as above-averafe energy dependence and energy intensity [...] To tackle these problems, as well as to reduce CO2 emissions, the government has been actively promoting strong reliance on renewable energy sources and higher energy efficiency. The ambitious targets for 2020 set in the recent National Energy Strategy, which include a 20% reduction in final energy consumption and a fall in energy dependence to 74%, are expected to reduce nete energy imports by around 2000 million euros relative to 2010. Estimating the overall impact in the current account is nonetheless more complex: the fall in energy imports and the development of energy-related industrial clusters with export potential need to be weighed against more expensive electricity from renewable sources and the opportunity cost of resources channelled into renewable energy».
Não basta uma premissa irrealista da supressão de 1/5 do consumo (será que a recessão vai ser assim tão forte?) nos próximos 10 anos para fazer uma estimativa simplex da redução do deficit externo em 2 mil milhões - é preciso saber:
Quanto nos vai custar, em saldo de transações correntes, a electricidade a um preço superior aos concorrentes?
Quanto nos vai custar, em saldo de transações correntes, a canalização de fundos para a "economia verde" em vez da sua canalização para outros investimentos capazes de gerar saldo positivo na balança?
26/09/2010
O mítico SNS
Diz o pai do SNS que há «uma direita dos interesses, aqueles que às vezes até nem pertencem bem à direita política e estão feitos com os grandes grupos económicos para enfraquecer o SNS».
Quer-me parecer que Arnaut se refere à "direita dos interesses" que está no poder. Efectivamente, segundo o relatório World Health Statistics 2010, entre 2000 e 2007, em Portugal:
Assim se prova que a defesa de um mítico SNS feita pelos deputados que apoiam o Governo em funções é mera retórica...
Quer-me parecer que Arnaut se refere à "direita dos interesses" que está no poder. Efectivamente, segundo o relatório World Health Statistics 2010, entre 2000 e 2007, em Portugal:
- a despesa pública com saúde aumentou 47%;
- a despesa que os utentes pagam no acto aumentou 55%;
- a despesa suportada por planos privados de saúde aumentou 101%.
Assim se prova que a defesa de um mítico SNS feita pelos deputados que apoiam o Governo em funções é mera retórica...
23/09/2010
Inovas oportunidades
«“A interacção sistemática e continuada entre educação, investigação e inovação é fundamental e pressupõe, por exemplo, um aprofundar do trabalho com as empresas”.»
Nada a opor... a não ser que a inovação consista em formas mais ou menos inovadoras de garantir «o acesso a uma qualificação superior a um número crescente dos nossos jovens» (e menos jovens):
Adenda: Inovação também pode ser «que os miúdos aprendessem a usar o computador como instrumento curricular, em vez de se limitarem a usá-lo como máquina de jogos»
Nada a opor... a não ser que a inovação consista em formas mais ou menos inovadoras de garantir «o acesso a uma qualificação superior a um número crescente dos nossos jovens» (e menos jovens):
- Ir directamente para a universidade, sem passar pela casa da partida e sem fazer a "área de projecto".
- Voltar à universidade depois de algum tempo no activo, não para aprender seja o que for, mas apenas para obter um diploma pós-graduado «através da atribuição de créditos, a experiência profissional».
Adenda: Inovação também pode ser «que os miúdos aprendessem a usar o computador como instrumento curricular, em vez de se limitarem a usá-lo como máquina de jogos»
21/09/2010
Hospício
Por Alberto Gonçalves:
Eu vou mais longe do que os comunistas e acuso PS e PSD de terem acabado com um Estado social que nunca existiu. E acuso ainda os partidos comunistas de tudo terem feito para tentar acabar com o Estado social que nunca existiu mais cedo do que realmente acabou.
P. Afinal o que é o Estado social?
R. «Um equipamento de lazer que consiste numa tábua longa e estreita equilibrada no seu ponto central usando o princípio da alavanca».
- O PS acusa o PSD de querer acabar com o "Estado social".
- O PSD acusa o PS de acusar o PSD de querer acabar com o "Estado social".
- Os partidos comunistas acusam PS e PSD de quererem acabar com o "Estado social".
Eu vou mais longe do que os comunistas e acuso PS e PSD de terem acabado com um Estado social que nunca existiu. E acuso ainda os partidos comunistas de tudo terem feito para tentar acabar com o Estado social que nunca existiu mais cedo do que realmente acabou.
P. Afinal o que é o Estado social?
R. «Um equipamento de lazer que consiste numa tábua longa e estreita equilibrada no seu ponto central usando o princípio da alavanca».
20/09/2010
17/09/2010
Leite derramado
«O despacho dos Ministérios das Finanças e Obras Públicas é claro. A situação económica do país não permite dar seguimento ao concurso do TGV entre Lisboa-Poceirão.»
«Degradação da conjuntura económica e financeira de Portugal tem dificultado obtenção de fundos pela iniciativa privada e agravado custos de financiamento da alta velocidade»
Vão chorar sobre Leite derramado?
«Degradação da conjuntura económica e financeira de Portugal tem dificultado obtenção de fundos pela iniciativa privada e agravado custos de financiamento da alta velocidade»
Vão chorar sobre Leite derramado?
Imagem do DN.
15/09/2010
O emprego segundo o Eurostat
À espera da reacção de Valter Lemos, deixo as minhas impressões do gráfico abaixo, a partir dos dados do Eurostat sobre o emprego na UE hoje publicados:
- Há hoje em Portugal menos empregados (-6100) do que há 10 anos.
- O Primeiro Ministro que prometeu "criar" 150 mil empregos, apenas permitiu que se acentuasse a tendência que já se verificava antes da sua chegada ao poder - enquanto cresceu, o emprego em Portugal cresceu a uma taxa inferior à da UE.
- A sazonalidade do emprego é mais acentuada na UE do que em Portugal. Na actual tendência descendente, o emprego na UE ainda cresce nos trimestres "bons"; em Portugal, nem por isso.
14/09/2010
A deriva liberal
«“Os cortes de despesa pública nos países europeus demonstram que o Estado social encontrou o seu limite, mas há outras formas de dar segurança ao sector artístico e minimizar a dependência em relação ao Estado”»
Não, caro deputado Acácio Pinto, esta não é uma frase do Pontal. É de uma ministra do "seu" Governo.
Não, caro deputado Acácio Pinto, esta não é uma frase do Pontal. É de uma ministra do "seu" Governo.
59.999
«Sócrates disse ser “preciso atrair mais 60 mil portugueses às universidades portuguesas” na próxima década». O que ele queria dizer é que, para as estatísticas, são precisos mais 60 mil diplomados. Na sua cabeça vai dar ao mesmo, já que quem entra há-de trazer um diploma. Isso é que conta e... já só faltam 59.999.
11/09/2010
Boi expiatório
Escamotear os nossos próprios erros com erros alheios não produz bons resultados. No entanto, o que é demais parece mal! Não se trata de um bode expiatório, é mesmo um granda boi expiatório!
O Roubo do Boiquerença
Enviado por nsalta. - Veja mais videos de esportes e de esportes radicais
O Roubo do Boiquerença
Enviado por nsalta. - Veja mais videos de esportes e de esportes radicais
08/09/2010
O relatório da OCDE - 1
As leituras sobre "o relatório da OCDE" (este é mesmo da OCDE), são múltiplas.
Este post trata da minha primeira leitura do mesmo, inspirada no pesadelo do deputado Acácio Pinto com a "deriva liberal" de Passos Coelho. Sempre que fala do seu pesadelo, o nosso deputado atribui a Passos e ao PSD o desígnio de «destruir a Escola Pública».Ora, caro deputado, o gráfico ao lado, com dados do dito relatório, mostra que entre 2000 e 2006 a despesa pública com educação manteve-se relativamente inalterada, mas houve uma tendência decrescente da participação pública no total das despesas de educação, ou seja, o que aumentou foi a participação das famílias na despesa. E o que tem Passos Coelho que ver com isso?
06/09/2010
Antes pelo contrário
Juntos cairemos mais depressa no fosso que andamos a cavar. Parece-me que beneficiaremos mais se assumirmos as nossas "divisões", do que se as pusermos a um canto do quintal.
E parem lá com esse infantilismo: «o setôr disse que tu é que te portas mal».
E parem lá com esse infantilismo: «o setôr disse que tu é que te portas mal».
02/09/2010
Reputação e audiência - II
Sobre o facto de as estimativas de reputação e de audiência (objecto do post anterior) serem obtidas a partir de duas populações diferentes, há que clarificar o seguinte:
- Dados do Eurostat (ainda não questionados por Valter Lemos) mostram que apenas 42% dos portugueses (dos 16 aos 74 anos) são utilizadores regulares (pelo menos uma vez por semana) da net (a quarta menor taxa de penetração da UE27, à frente da Roménia, da Bulgária e da Grécia). Logo, o "recurso a entrevistas de auto-preenchimento online" deixa de fora a maioria dos portugueses, até porque o auto-preenchimento online implicará utilizadores não apenas regulares, mas também mais experientes.
- No caso da TV, a discrepância acentua-se pelo facto de a faixa etária do estudo online (15-64) deixar de fora, precisamente, os maiores consumidores de televisão, que são os maiores de 65 anos.
01/09/2010
Reputação e audiência
É possível que os portugueses atribuam menor reputação aos OCS que mais lêem, vêem ou ouvem? É estranho, mas seria essa a conclusão se acreditássemos nos estudos de reputação de marcas e de audiência da Marktest.
Televisão
A líder de audiências, TVI, tem uma reputação de apenas 58 pontos em 100, muito abaixo dos 73 da RTP e dos 71 da SIC.
Rádio
A TSF (4,1%) tem menos de metade da audiência da RR (8,5%), mas é líder na reputação.
Imprensa
Nos diários, o lider incontestado de audiências, Correio da Manhã (13%), é o que apresenta menor reputação (58 pontos).
Nos semanários, a ordem de reputação já está mais próxima da ordem de audiências.
Sendo a mesma empresa de estudos de mercado a medir audiências e reputação, como se explica esta discrepância? Admitindo que os instrumentos de medida estão correctos, suspeito que os resultados não são obtidos a partir da mesma população. Tudo leva a crer que o problema reside na base de sondagem para o estudo de reputação. O "recurso a entrevistas de auto-preenchimento online" implica uma população mais escolarizada do que a média da população portuguesa. Usando uma linguagem comum, a amostra não é "representativa" da população portuguesa.
Adenda 23:00Alexandre Pais mostra aqui a evolução nas vendas em banca dos principais jornais, de 2009 para 2010. É curioso verificar que os três diários com maior reputação foram os que tiveram uma evolução negativa mais forte e que o menos reputado foi o único diário generalista que aumentou as vendas!
Televisão
A líder de audiências, TVI, tem uma reputação de apenas 58 pontos em 100, muito abaixo dos 73 da RTP e dos 71 da SIC.
Rádio
A TSF (4,1%) tem menos de metade da audiência da RR (8,5%), mas é líder na reputação.
Imprensa
Nos diários, o lider incontestado de audiências, Correio da Manhã (13%), é o que apresenta menor reputação (58 pontos).
Nos semanários, a ordem de reputação já está mais próxima da ordem de audiências.
Sendo a mesma empresa de estudos de mercado a medir audiências e reputação, como se explica esta discrepância? Admitindo que os instrumentos de medida estão correctos, suspeito que os resultados não são obtidos a partir da mesma população. Tudo leva a crer que o problema reside na base de sondagem para o estudo de reputação. O "recurso a entrevistas de auto-preenchimento online" implica uma população mais escolarizada do que a média da população portuguesa. Usando uma linguagem comum, a amostra não é "representativa" da população portuguesa.
Adenda 23:00Alexandre Pais mostra aqui a evolução nas vendas em banca dos principais jornais, de 2009 para 2010. É curioso verificar que os três diários com maior reputação foram os que tiveram uma evolução negativa mais forte e que o menos reputado foi o único diário generalista que aumentou as vendas!
Patrocínios do avesso
LETRAS E CONTEÚDOS: Opinião: Passos do avesso: "A graça de Passos Coelho e o seu estado pueril eram fantásticos, no pós-congresso do PSD. [...] Ele, afinal, é o construtor de uma deriva ultraliberal para Portugal e o intérprete dos interesses económicos mais gananciosos."
Esta preocupação do deputado Acácio Pinto com a "interpretação" dos interesses económicos sugere-me, por exemplo, o modo como organismos do Estado têm "interpretado" interesses económicos do "amigo Joaquim".
Em regimes capitalistas, é comum haver "interesses económicos mais gananciosos" que patrocinam (chamam-lhe mecenato) equipamentos e actividades dos institutos públicos, obtendo um benefício fiscal e um benefício na imagem corporativa. No regime que Acácio Pinto defende, são os institutos públicos a patrocinar interesses económicos privados!
A programação da TSF inclui vários blocos de propraganda financiados ou apoiados pelo Governo e apresentados como se fossem criações jornalísticas: "Com o apoio do Ministério da Economia e Inovação"; "Um programa da TSF e da Rede de Comunicação do QREN"; "Uma parceria TSF/ Instituto de Emprego e Formação Profissional"; etc.
Agora, quando o Governo resolveu tomar partido num caso de "perturbações a um controlo antidoping", é muito interessante notar que o DN criou um site/ dossier específico sobre antidoping, com o patrocínio do Instituto do Desporto de Portugal, I.P. que engloba a Autoridade Antidopagem, "zamente" uma das partes envolvidas no caso que ocupa o noticiário do site!
Esta preocupação do deputado Acácio Pinto com a "interpretação" dos interesses económicos sugere-me, por exemplo, o modo como organismos do Estado têm "interpretado" interesses económicos do "amigo Joaquim".
Em regimes capitalistas, é comum haver "interesses económicos mais gananciosos" que patrocinam (chamam-lhe mecenato) equipamentos e actividades dos institutos públicos, obtendo um benefício fiscal e um benefício na imagem corporativa. No regime que Acácio Pinto defende, são os institutos públicos a patrocinar interesses económicos privados!
A programação da TSF inclui vários blocos de propraganda financiados ou apoiados pelo Governo e apresentados como se fossem criações jornalísticas: "Com o apoio do Ministério da Economia e Inovação"; "Um programa da TSF e da Rede de Comunicação do QREN"; "Uma parceria TSF/ Instituto de Emprego e Formação Profissional"; etc.
Agora, quando o Governo resolveu tomar partido num caso de "perturbações a um controlo antidoping", é muito interessante notar que o DN criou um site/ dossier específico sobre antidoping, com o patrocínio do Instituto do Desporto de Portugal, I.P. que engloba a Autoridade Antidopagem, "zamente" uma das partes envolvidas no caso que ocupa o noticiário do site!
30/08/2010
Fê de foda-se!
Foda-se! exclamação que exprime espanto, admiração, impaciência ou indignação, o que sinto ao ler não apenas o post, mas, sobretudo, os comentários da sobranceira e malcriada bloguista que assina fê.
P.S. não costumo ler a fê, cheguei ao post via Aventar.
P.S. não costumo ler a fê, cheguei ao post via Aventar.
29/08/2010
Cantar de galo
Para acalmar as hostes da águia, é bom recordar que Ricardo também defendia penalties - até sem luvas! E, por isso, não deixa(va) de ser frangueiro.
E porque não poupar nos transportes?
Depois de vir para os OCS dizer que foi enganado pelas letras pequeninas do protocolo com o ME, o Presidente da Câmara Municipal de Lamego acalmou os cavalos dos autocarros que o ME "admitiu" financiar com verbas do QREN. Até se dar cnta de que não vem nenhum autocarro, Francisco Lopes diz que o transporte de 500 alunos será assegurado pelas juntas de freguesia.
Mas o Presidente de Lamego diz muito mais ao «questionar se "o processo de extinção das comunidades rurais não acabará por ser a maneira de manter as cidades, de lhes dar dimensão, evitando que a sangria seja ainda maior"». O Presidente do Presidente, «Fernando Ruas, admite, contudo, que o principal problema reside na questão dos transportes».
Está tudo resolvido - extingue-se as comunidade rurais, muda-se toda a população para as sedes de concelho e poupa-se imenso dinheiro e CO2 com os transportes para todo o tipo de equipamentos colectivos. Ah, e poupa-se também nos ordenados dos presidentes de junta!
Mas o Presidente de Lamego diz muito mais ao «questionar se "o processo de extinção das comunidades rurais não acabará por ser a maneira de manter as cidades, de lhes dar dimensão, evitando que a sangria seja ainda maior"». O Presidente do Presidente, «Fernando Ruas, admite, contudo, que o principal problema reside na questão dos transportes».
Está tudo resolvido - extingue-se as comunidade rurais, muda-se toda a população para as sedes de concelho e poupa-se imenso dinheiro e CO2 com os transportes para todo o tipo de equipamentos colectivos. Ah, e poupa-se também nos ordenados dos presidentes de junta!
28/08/2010
Pontapés na gramática LUSA
Muitos criticam o treinador do Benfica pela sua tendência para dar pontapés na gramática. Eu critico-o pela sua tendência para escolher frangueiros. No campeonato dos pontapés gramaticais, Jesus está muito atrás dos jornalistas da LUSA. O pontapé de hoje é a troca de lugar das brasas numa expressão que indica a aflição que "o país" vive neste dia. Erro prontamente repetido pelos robots dos media, aqui ilustrados pelo Sol, pelo Sapo ou pela TSF (estes dois nem sequer identificam a origem da notícia).
27/08/2010
O(s) conto(s) do protocolo - III
Desta vez, além da surpresa por o Governo não pagar à Câmara na altura supostamente acordada, o Presidente da Câmara ficou estupefacto «depois de lhe ter sido dito que não tinham sido encontrados os documentos relacionados com o protocolo assinado entre a Câmara e o Ministério da Agricultura».
Fonte: Viseu, Senhora da Beira
Ver: O(s) conto(s) do protocolo - II
Fonte: Viseu, Senhora da Beira
Ver: O(s) conto(s) do protocolo - II
26/08/2010
O(s) conto(s) do protocolo - II
Instigados por reacções de diversos quadrantes, incluindo a Igreja Católica, alguns autarcas vão desvelando o conto do vigário do ME...
Francisco Lopes, Presidente da CM de Lamego, parece dizer que foi a fé no ME que levou a autarquia a elaborar uma carta educativa que implicaria o encerramento de inúmeras escolas. «Foi-nos assegurado pelo ME que essa seria a melhor solução para garantir condições de qualidade de ensino e de combate ao insucesso e abandono escolar». Claro está, a troco de algumas "contrapartidas". Ingénuos estes autarcas que não conhecem com quem estão a lidar - «o ME comprometeu-se com o pagamento de 600 a 700 mil euros anuais a esta autarquia para a comparticipação desta despesa, mas na última proposta recebida o valor desceu para 100 mil euros». Agora, depois de ter lido as letras pequeninas do contrato, descobriu «um aumento de 15% nos custos de funcionamento do município». Sr. Presidente, lamento, mas parece-me que a DECO nada poderá fazer quanto às cláusulas abusivas do protocolo.
Partindo deste exemplo, o SOL conclui que «Câmaras ficam endividadas com encerramento de escolas». Olha que novidade! Isso já eu escrevi há muito!
Francisco Lopes, Presidente da CM de Lamego, parece dizer que foi a fé no ME que levou a autarquia a elaborar uma carta educativa que implicaria o encerramento de inúmeras escolas. «Foi-nos assegurado pelo ME que essa seria a melhor solução para garantir condições de qualidade de ensino e de combate ao insucesso e abandono escolar». Claro está, a troco de algumas "contrapartidas". Ingénuos estes autarcas que não conhecem com quem estão a lidar - «o ME comprometeu-se com o pagamento de 600 a 700 mil euros anuais a esta autarquia para a comparticipação desta despesa, mas na última proposta recebida o valor desceu para 100 mil euros». Agora, depois de ter lido as letras pequeninas do contrato, descobriu «um aumento de 15% nos custos de funcionamento do município». Sr. Presidente, lamento, mas parece-me que a DECO nada poderá fazer quanto às cláusulas abusivas do protocolo.
Partindo deste exemplo, o SOL conclui que «Câmaras ficam endividadas com encerramento de escolas». Olha que novidade! Isso já eu escrevi há muito!
24/08/2010
Barba & bigode
Este bigode está fazendo sucesso «nas clínicas de depilação da Barra da Tijuca», desde que a filha de Fábio Júnior e Glória Pires resolveu mostrá-lo abundantemente na Playboy, a troco de, diz-se, 450 mil euros.
Por cá, o arremedo da revista produz bonecas de cera photoshopadas e mal pagas e já nem o recurso a barbudos na capa lhe vale. Por falta de um pagamento equivalente a 1/3 do bigodinho 23/08/2010
À espera de que o galo cante
Terão os rumores sobre a saída de Roberto fundamento? Num momento difícil, talvez receando não ressuscitar à terceira jornada, Jesus terá dito «se é possível passa de mim este frangueiro» (Mt, 26:39). Segundo o Record online, Jesus negou-o três vezes. Se o galo cantar, Jesus, no papel de Pedro, vai chorar amargamente...
22/08/2010
Conflito ambiental
«O sector das eólicas é uma aposta que veio para ficar», diz a ministra Pássaro, garantindo que Portugal está a recolher benefícios económicos, já que «neste momento está a exportar energia».
Nota: veja aqui os benefícios económicos da exportação da energia produzida pelo vento.
Claro que a ministra nem questiona os benefícios ambientais, nem se dá ao trabalho de os justificar, apresentando com naturalidade o propósito de duplicar o número de aerogeradores instalados. Por três razões: 1) Porque sim; 2) para «atingir os 31% de quota de energias renováveis até 2020»; 3) por causa daquela treta de «"reforçar a posição de Portugal como referência" no sector das energias renováveis».
Hélas, «os ambientalistas alertam que (...) "A partir de agora haverá um maior impacto sobre locais de valor natural elevado"». No fundo, "os ambientalistas" esperam que passe a febre das eólicas - «"A Quercus espera que esta quota nunca seja atingida para não se prejudicar as áreas protegidas em Portugal"».
Depois de se terem mostrado «escandalizadas com esta campanha que claramente tenta branquear os inúmeros impactes ambientais fortemente negativos e irreversíveis associados à construção das barragens», as organizações ambientalistas reconhecem (agora?) «o impacto dos equipamentos [de produção de energias ditas renováveis] no meio ambiente». De vez em quando, a dissonância cognitiva emerge no seu discurso oficial... afinal, que planeta vamos nós "salvar" se, para reduzir a emissão de um gás natural, tivermos de aniquilar vastas áreas naturais e rurais?
Nota 1: Mantém-se a actualidade das perguntas que fiz num post de Abril de 2009
Nota 2: Já que o interior de Portugal é para queimar, uma campanha de substituição de Ensino por Energia talvez não fose descabida. Por cada escola encerrada, instala-se um aerogerador. Os municípios que encerrem todas as EB's fora da sede de concelho, terão direito a uma barragem. Será esta a nova estratégia de defesa do território. As albufeiras não ardem e o «dispositivo» de combate a incêndios dá prioridade à defesa dos aerogeradores...
Nota: veja aqui os benefícios económicos da exportação da energia produzida pelo vento.
Claro que a ministra nem questiona os benefícios ambientais, nem se dá ao trabalho de os justificar, apresentando com naturalidade o propósito de duplicar o número de aerogeradores instalados. Por três razões: 1) Porque sim; 2) para «atingir os 31% de quota de energias renováveis até 2020»; 3) por causa daquela treta de «"reforçar a posição de Portugal como referência" no sector das energias renováveis».
Hélas, «os ambientalistas alertam que (...) "A partir de agora haverá um maior impacto sobre locais de valor natural elevado"». No fundo, "os ambientalistas" esperam que passe a febre das eólicas - «"A Quercus espera que esta quota nunca seja atingida para não se prejudicar as áreas protegidas em Portugal"».
Depois de se terem mostrado «escandalizadas com esta campanha que claramente tenta branquear os inúmeros impactes ambientais fortemente negativos e irreversíveis associados à construção das barragens», as organizações ambientalistas reconhecem (agora?) «o impacto dos equipamentos [de produção de energias ditas renováveis] no meio ambiente». De vez em quando, a dissonância cognitiva emerge no seu discurso oficial... afinal, que planeta vamos nós "salvar" se, para reduzir a emissão de um gás natural, tivermos de aniquilar vastas áreas naturais e rurais?
Nota 1: Mantém-se a actualidade das perguntas que fiz num post de Abril de 2009
Nota 2: Já que o interior de Portugal é para queimar, uma campanha de substituição de Ensino por Energia talvez não fose descabida. Por cada escola encerrada, instala-se um aerogerador. Os municípios que encerrem todas as EB's fora da sede de concelho, terão direito a uma barragem. Será esta a nova estratégia de defesa do território. As albufeiras não ardem e o «dispositivo» de combate a incêndios dá prioridade à defesa dos aerogeradores...
21/08/2010
O(s) conto(s) do protocolo
Foto de eb1beijos
Há um ano demonstrei aqui a facilidade com que as autarquias "abrem as pernas", a troco de umas "contrapartidas" que poderão envolver umas fotos de assinaturas de protocolos e de inaugurações de infra-estruturas...
Parece-me que o "arrependimento" e a "contestação" de "um conjunto de autarquias", perante o massivo encerramento de escolas no interior, é mais do mesmo. Foram no(s) conto(s) do protocolo e rapidamente se sentiram traídas.
Espero que tenham aprendido a lição - deixem-se da leitura «recomendada pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Ministério da Educação» e estudem!
Há um ano demonstrei aqui a facilidade com que as autarquias "abrem as pernas", a troco de umas "contrapartidas" que poderão envolver umas fotos de assinaturas de protocolos e de inaugurações de infra-estruturas...
Parece-me que o "arrependimento" e a "contestação" de "um conjunto de autarquias", perante o massivo encerramento de escolas no interior, é mais do mesmo. Foram no(s) conto(s) do protocolo e rapidamente se sentiram traídas.
Espero que tenham aprendido a lição - deixem-se da leitura «recomendada pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Ministério da Educação» e estudem!
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