Mostrar mensagens com a etiqueta Economia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Economia. Mostrar todas as mensagens
29/06/2012
Prize money
Espanha e Itália são as contempladas com o prize money do Euro. Cabe a um português a decisão final sobre os respectivos montantes - não, não é o José Manuel, esse não risca nada; é o Pedro dos dentes novos!
10/06/2012
Portugal Vs Alemanha
Em 2001, durante uma visita a um museu em Bona, deparei-me com uma Zündapp de matrícula portuguesa que começava por 1-NLS. Ao lado, os documentos atestavam que tinha pertencido a Armando Rodrigues de Sá, Vale de Madeiros.
Armando foi um ícone da política de imigração da RFA. As Zündapp foram ícone dos colegas de Armando que ficaram nos Fornos Eléctricos.
Salvo raras excepções, ganha sempre a Alemanha...
Armando foi um ícone da política de imigração da RFA. As Zündapp foram ícone dos colegas de Armando que ficaram nos Fornos Eléctricos.
Salvo raras excepções, ganha sempre a Alemanha...
11/05/2012
Sacrifício ao mais alto nível
Este título é deveras preocupante. Quer dizer que a hierarquia sacrifica, mais uma vez, o corpo de Cristo. Abdicando também dos Santos, só lhe resta a virgindade de Maria.
24/04/2012
Mania de grandeza
No Manifesto da Associação 25 de Abril pode ler-se que «Portugal é já o país da União Europeia com maiores desigualdades sociais». Esta afirmação contém duas implicações, ambas erradas:
- A desigualdade tem crescido, nos últimos anos, em Portugal.
Errado: tem diminuído (muito menos do que o desejável, mas diminuiu) - A desigualdade em Portugal é a maior da UE.
Errado: além de Espanha, somos ultrapassados neste indicador por Letónia, Lituânia, Roménia e Bulgária, quatro países que beneficiaram de umas décadas de "sociedade sem classes" e outros "ideais"!!! de Abril.
Relação entre o rendimento do 1.º e do 5.º quintis (ordem crescente do amarelo ao vermelho)
05/04/2012
Coisas que não consigo entender
"Após a crise financeira de 2008, muitos foram os economistas que previram que uma retoma a nível global apenas se poderia concretizar a reboque do crescimento das economias emergentes do planeta, com particular destaque para a China. No entanto, neste momento, o cenário a que se assiste é diferente. Com a Europa a braços com um regresso a uma recessão, a ajuda parece poder vir mais dos Estados Unidos e de uma recuperação do ânimo dos seus consumidores, do que da China, que sente dificuldades em sustentar mais um período de crescimento forte e está a iniciar uma fase de abrandamento." (sublinhados meus)Donde se tira esta conclusão:
"... o mundo volta a olhar para o consumidor norte-americano como estímulo para uma recuperação. Mas a Fed tem de continuar a ajudar."
Então a ajuda é promover o crédito que levou à "crise financeira de 2008"???
03/03/2012
Les Misérables
Dum ponto de vista estatístico, não há nada que justifique esta histeria em volta dos picos de mortalidade associados ao frio e às gripes. Admitamos, no entanto, que os miseráveis têm maior probabilidade de morrer por efeito directo ou indirecto do frio: A nossa ira deve ir para quem já não tem dinheiro para garantir o apoio aos miseráveis ou para quem estoirou o dinheiro, ironicamente invocando o argumento de que estava a acabar com a miséria?
27/02/2012
Intelligentsia Citation Index
Os intelectuais verbais (i.e. aqueles com muito jeito para a retórica, mas com algumas dificuldades em lidar com números) costumam citar a torto e a direito o senhor de barbas por causa da sua posição contra a "obsessão europeia" com a austeridade. Acredito que o facto de ele ter reiterado hoje em nossa casa uma "recomendação" bem menos citada - Portugal tem de desvalorizar os salários em 20% - provocará a sua descida no ranking de citações da intelligentsia lusa.
Foto de Paulo Spranger
(note-se o ar feliz do economista por trás das medalhas, simpaticamente conhecido por "adiantado mental")
(note-se o ar feliz do economista por trás das medalhas, simpaticamente conhecido por "adiantado mental")
17/02/2012
30/12/2011
24/12/2011
Feliz Natal
Calvin: Eu não entendo como o Pai Natal gere a sua actividade. Como é que ele paga os brinquedos que distribui? Como é que ele paga a matéria-prima que usa para produzir os brinquedos? Como é que ele paga aos elfos? Não tem receitas para cobrir os custos - como é que ele faz?
Hobbes: Deve operar em défice, acho.
Calvin: Claro. Mais cedo ou mais tarde isso vai rebentar e depois quero saber como é que eu fico?
Hobbes: Deve operar em défice, acho.
Calvin: Claro. Mais cedo ou mais tarde isso vai rebentar e depois quero saber como é que eu fico?
11/12/2011
As minhas escolhas
Acabou-se a Festa
Vogais, 2011, 16,99€
Se tudo corresse bem, Portugal teria recuperado lá para 2030 o nível de bem estar económico de 2000. No entanto, o autor está pessimista e crê que a economia portuguesa não recuperará o suficiente para pagar a minha reforma :(
Do mal o menos: Portugal continua sendo um dos mais pobres dos ricos. Como escreve o autor, «voltando Portugal ao rendimento per capita e paridade do poder de compra de 1995, ainda ficamos com um nível de vida 75% superior ao brasileiro, 190% superior ao ucraniano e 320% superior ao marroquino».
N.B. Os mais propensos a problemas digestivos não deverão ler este livro antes das rabanadas.
Vogais, 2011, 16,99€
Se tudo corresse bem, Portugal teria recuperado lá para 2030 o nível de bem estar económico de 2000. No entanto, o autor está pessimista e crê que a economia portuguesa não recuperará o suficiente para pagar a minha reforma :(
Do mal o menos: Portugal continua sendo um dos mais pobres dos ricos. Como escreve o autor, «voltando Portugal ao rendimento per capita e paridade do poder de compra de 1995, ainda ficamos com um nível de vida 75% superior ao brasileiro, 190% superior ao ucraniano e 320% superior ao marroquino».
N.B. Os mais propensos a problemas digestivos não deverão ler este livro antes das rabanadas.
04/12/2011
A matéria da economia
O dinheiro dos pensionistas da banca viajou no tempo: metade veio do futuro para se consumir no presente a pagar o passado. No futuro, essas pensões serão pagas, obviamente, por mais dívida pública ou impostos, o que é a mesma coisa em tempos diferentes.
Esta crónica de PSG lembra-nos qua a economia não se rege pelas leis da matéria - quando se produz algo com um valor superior ao que se consome, gera-se um excedente. Este "milagre" resulta da criatividade humana - capacidade de combinar recursos para gerar outros de valor superior e, obviamente, criatividade para valorizar o resultado da produção.
Felizmente, a criatividade humana não tem limites. Por exemplo, há quem seja capaz de chamar "excedente" ao pagamento de despesas passadas escavando mais um buraco orçamental que alguém terá de tapar no futuro. Faz sentido, se quem receber o dinheiro o utilizar para aumentar a produtividade do seu negócio, por exemplo.
Há ainda quem seja criativo ao ponto de considerar que esse "excedente" poderia ter sido usado para pagar o meu subsídio de Natal. Também faz sentido - com ele eu teria comprado um computador novo, com inegáveis efeitos na minha produtividade bloguística, por exemplo.
22/11/2011
Fly Emirates
Foto H4K
A estratégia de fazer incidir especialmente sobre os trabalhadores mais qualificados o pagamento dos robalos e alheiras tem riscos associados ao limite de "solidariedade" que os ditos estão dispostos a suportar. É certo que esses trabalhadores, como a generalidade dos seus concidadãos, criaram um contexto de vida que lhes dificulta a mobilidade, mas o reiterado sacrifício fiscal a que estão sujeitos pode ser o incentivo que faltava...
Hoje, como há 50 anos, emigram os que podem ser mais produtivos, os que querem trabalhar mais do que a média. A diferença relativamente a esse período, é que agora são os mais qualificados que têm mais incentivos para fugir daqui. Como diz este texto de Carlos Guimarães Pinto, eles não se importam de trocar o Estado Social pelo valor dos seus impostos. É verdade, são egoístas, mas a solidariedade tem limites.
Hoje, como há 50 anos, emigram os que podem ser mais produtivos, os que querem trabalhar mais do que a média. A diferença relativamente a esse período, é que agora são os mais qualificados que têm mais incentivos para fugir daqui. Como diz este texto de Carlos Guimarães Pinto, eles não se importam de trocar o Estado Social pelo valor dos seus impostos. É verdade, são egoístas, mas a solidariedade tem limites.
14/11/2011
Como se constrói a mediocridade
- «Os Portugueses, por séculos de pobreza, de analfabetismo e desigualdade, tiveram reduzido acesso à cultura. Hoje, as escolas, por obsessão profissional, desdenham a cultura, abandonam as artes e marginalizam a erudição.»
- «Um dos obstáculos ao desenvolvimento sempre foi esta atávica vontade de conter a propriedade, de dominar o investimento e de condenar as actividades lucrativas. Em dois séculos, perdeu-se propriedade e investimento, por actos de pura cupidez política ou pessoal.»
26/09/2011
O caro sai barato
A agência de exterminação do pequeno comércio aplicou uma coima, mas a autoada não se ficou, pediu meças e o tribunal isentou-a da coima e das custas. Justificação: a coima era demasiado cara para uma Livraria Barata.
o Ministério Público reconheceu que a contra-ordenação foi praticada, mas criticou o excesso de protecção legal do legislador, que exige "que o cidadão veja o preço imediatamente", e a exorbitância das coimas aplicadas aos pequenos comerciantes. "As entidades administrativas andam esfomeadas de dinheiro e aplicam coimas enormes aos pequenos comerciantes, esquecendo frequentemente a pena de admoestação."
04/09/2011
Peixeiradas
Primeiro falou-se de um imposto sobre “os ricos”. Como em Portugal ninguém é rico, avançou-se para um imposto “solidário” sobre quem gera riqueza. (...) Em linha com a sugestão do Presidente da República para recuperar o imposto sobre a morte, é um desincentivo ao trabalho, ao esforço, à eficiência, ao rigor, ao mérito, à competência de quem é capaz de fazer mais ou melhor e procura fazê-lo. É um incentivo ao ócio, ao desleixo, ao desperdício e à mediocridade. É, no fundo, uma pobreza – material e espiritual.
26/08/2011
A miséria do socialismo
A ler:
Leitura complementar: (um)a definição de socialismo
Notícias e comentários das últimas horas (...) preconizam transferir recursos dos que sabem criar e gerir riqueza para a Entidade que tem um invejável currículo de destruição de Valor.
A continuar a empobrecer desta maneira o país, sempre por causa do calote das finanças públicas, hão-de explicar depois como irá a economia portuguesa recuperar.
Give liberalism a chance!
Leitura complementar: (um)a definição de socialismo
19/08/2011
Qual é a fraude?
Fraude é alguém utilizar o seu estatuto de professor universitário para divulgar uma opinião contrária a todas as evidências empíricas dos estudos de economia da educação e dos relatórios das mais variadas organizações que por todo o mundo têm estudado os benefícios económicos, para os diplomados e para os contribuintes, do ensino superior.
Não nego que a educação gratuita seja um importante recurso político para benefício dos que exercem o poder. Também não nego que tenha alguns efeitos perversos, nomeadamente no desempenho académico. Defendo até que os beneficiários deverão assumir uma maior fatia dos custos que são suportados pelos contribuintes. Mas nada disso permite negar a evidência de que, em média, um diplomado com curso superior terá ao longo da vida um rendimento superior ao que teria se se ficasse pelo ensino secundário. Essa evidência é válida para todos os países onde têm sido feitos estudos sobre o assunto, nomeadamente em TODOS os países da OCDE.
Deixo ao senhor Professor Doutor Nuno Monteiro a mais recente estimativa dos benefícios de ter um curso superior no país onde ele dá aulas. O Valor Actual Líquido de tirar um curso numa universidade menos competitiva varia entre 200 e 300 mil dólares; para os que conseguem um curso numa universidade mais competitiva, o VAL supera o meio milhão de dólares.
Lá como cá, há licenciados em caixa de supermercados. Isso não significa que eles acabam, mas sim que iniciam aí a sua actividade... ao longo da vida, terão sempre melhores oportunidades e maiores salários.
Não nego que a educação gratuita seja um importante recurso político para benefício dos que exercem o poder. Também não nego que tenha alguns efeitos perversos, nomeadamente no desempenho académico. Defendo até que os beneficiários deverão assumir uma maior fatia dos custos que são suportados pelos contribuintes. Mas nada disso permite negar a evidência de que, em média, um diplomado com curso superior terá ao longo da vida um rendimento superior ao que teria se se ficasse pelo ensino secundário. Essa evidência é válida para todos os países onde têm sido feitos estudos sobre o assunto, nomeadamente em TODOS os países da OCDE.
Deixo ao senhor Professor Doutor Nuno Monteiro a mais recente estimativa dos benefícios de ter um curso superior no país onde ele dá aulas. O Valor Actual Líquido de tirar um curso numa universidade menos competitiva varia entre 200 e 300 mil dólares; para os que conseguem um curso numa universidade mais competitiva, o VAL supera o meio milhão de dólares.
Lá como cá, há licenciados em caixa de supermercados. Isso não significa que eles acabam, mas sim que iniciam aí a sua actividade... ao longo da vida, terão sempre melhores oportunidades e maiores salários.
Fonte: de Alva, J. K., & Schneider, M. (2011). Who Wins? Who Pays? The Economic Returns and Costs of a Bachelor's Degree: American Institutes for Research.
17/08/2011
Puta de Catalunha: uma visão sobre a economia turística
A propósito do caso Lloret de Bar, deixo aqui a minha tradução de parte de um artigo de Xavier Roig. O original em catalão pode ser lido aqui.
Se há sector que pode ser moldado pelo poder político, é o turismo. E os governos catalães optaram pelo modelo de turismo barato. Sou dos que acreditam que o turismo faz parte da economia do lixo. Da prostituição social. É nele que se centra a economia dos países que não sabem, ou não querem, fazer mais nada. O que diferencia uma mulher que vende os seus encantos, dum país que vende os seus? O número de pessoas envolvidas na operação. (...) O peso do turismo [na Catalunha] já ascende a 14% do PIB (9% em França, 8,5% em Itália). Somos um país prostituído.
Desde que me conheço que se fala de reconverter o nosso turismo. Gostamos de nos enganar. Falar de "turismo de qualidade" é tão contraditoriamente estúpido como pretender promover a "prostituição virgem". O máximo que se pode almejar é que aqueles que nos visitam tenham um alto poder aquisitivo. E, para solucionar este problema, ainda não se inventou, em economia, nada de novo: há que reduzir a oferta para aumentar os preços. (...) O poder político tem de deixar de ser simpático e tem de enfrentar os líderes do sector. Explicar-lhes que a ilusão acabou. Como? Muito fácil: aumentando os impostos do sector, impondo normas duras e exigentes e realizando inspecções rigorosas. O que implica encerrar, no mínimo, metade dos estabelecimentos existentes. Além do motivo da oferta e procura, já enunciado, devemos fazê-lo por uma simples razão de higiene: a maioria dos hotéis e bares catalães não valem nada. Não são apresentáveis. Já sei que apresentarão o velho argumento: "O turismo cria riqueza!". Não sem razão. O macroprostíbulo de La Jonquera também cria riqueza. Alguém pode negá-lo? O cultivo de coca gera muitos empregos na América Latina. Alguém pode negá-lo?
16/08/2011
Empata folladas - II
Mais 1500 empata folladas manifestaram-se nas ruas de Lloret de Mar Bar, reclamando uma mudança no modelo de exploração turística da cidade. Quando a manifestação passava pela principal avenida do turismo de borracheira, alguns turistas, certamente pensando tratar-se de obra da DHARMA Initiative, perguntavam se era uma festa. No «mejor lugar para la fiesta de toda Europa», até as manifestações anti-festa são animação turística :)
Foto de Narcís Presas
Subscrever:
Mensagens (Atom)