«A
rubrica em que Portugal mostra um melhor resultado - e está mesmo em terceiro lugar face os países da Europa a 27 - é no item "Inovadores", isto é, dos países com
empresas que declaram ter introduzido produtos ou processos inovadoras no mercado (...)»
«
O pior lugar de todos acaba por ser mesmo nos efeitos económicos conseguidos, onde ocupa a 23.ª posição. Indicadores como o emprego em sectores que exigem elevada qualificação, o volume das exportações de bens de média e alta tecnologia ou a venda de bens resultantes de inovações apresentam desempenhos e evoluções abaixo da média europeia.»
Este é um resumo da forma como
Luísa Pinto noticia o relatório que, segundo Carlos Zorrinho, demonstra que Porugal é «líder de crescimento na inovação». Ou seja, os empresários acham que são muito inovadores, mas não ganham nada com isso. Terão aprendido com quem?
Nota: Não consigo perceber onde foi a jornalista buscar a ideia de que Portugal «é também o país em que mais jovens com idades entre os 20 e os 24 anos têm o ensino secundário completo». Qualquer cidadão minimamente informado sabe que não é o caso e o relatório em causa atribui a Portugal um valor de 71 nesse indicador, cuja média europeia é indexada em 100.
Já agora, é justo reconhecer que não é só de garganta que os portugueses estão a melhorar - Portugal apresenta valores bastante superiores à média europeia nos indicadores "novos doutorados" e "publicações científicas internacionais".