Gato por lebre, farinha por papa, bomba de calor por painel solar.
A lata dos vendedores de banha da cobra que finge governar este país não tem limites, ultrapassa a da caricatura de Hergé.
Uma notícia de Lurdes Ferreira no Público de hoje conta que a Energie «perdeu a certificação de produtora de equipamentos solares térmicos», tendo, deste modo, a entidade certificadora confirmado a tese dos muitos que consideravam um embuste a designação das bombas de calor Energie como «painéis solares termodinâmicos».
«Se querem dar um contributo para o seu país, para haver mais emprego, por favor instalem painéis solares nas suas casas» foram as palavras de Sócrates aquando da visita à Energie, acrescentando: «O Estado vai ajudar, pagando metade do investimento. É um contributo para aumentar a autonomia energética, o emprego e dinamizar um sector tão activo».
Foi preciso uma entidade alemã certificar o que todos "os especialistas" já haviam dito: é uma descarada mentira declarar que estes equipamentos constituam um "contributo para aumentar a autonomia energética". Não deve ser difícil demonstrar que a única utilidade que o dinheiro do Estado poderia ter neste caso seria afastar «definitivamente, a hipótese da Energie se deslocalizar para a Galiza, Espanha, como foi ponderado no passado mês de Dezembro». Como já escrevi aqui, não me agrada nada a ideia de andar a trabalhar para pagar impostos que servem para o Estado suportar estes embustes dos vendedores de banha da cobra. Por favor, para esses casos, utilizem o dinheiro daquela conta do Estado que é do PS.
11/05/2009
10/05/2009
As minhas escolhas
Eu não me engano com a história das papas do ministro da propaganda. 350 g de farinha maizena dão para confeccionar um verdadeiro banquete com a ajuda dos adequados livros de culinária. Aqui estão as minhas escolhas:
![]() | Receitas de Cosinha |
![]() | O Mestre Cozinheiro Moderna Editorial Lavores, 89€ Para quem não consegue as "Receitas de Cosinha", recomendo os dois vols da Bíblia de cozinha da Laura Santos. No segundo, há umas poucas referências à utilização da Maizena em bolos e pudins, mas é no primeiro que podemos encontrar todas as dicas para o emprego deste miraculoso ingrediente, indispensável para a obtenção dos molhos "mais cremosos". |
07/05/2009
Efeito Pino

A mensagem é clara:
- Bolos: mais leves e fofos
- Sobremesas: infinitamente mais saborosas
- Molhos: mais cremosos
Não há qualquer referência a papas...
Basílio Horta disse à Lusa que o conselho que Pino fez a Rangel para utilizar a farinha como papa é um «comentário jocoso e interessante». Horta considera também o «episódio (...) completamente ultrapassado», o que eu interpreto como o reconhecimento de que, na actualidade, ninguém utiliza Maizena para fazer papas. «Só lhe tenho que estar grato» disse Horta de Pino, quando, na minha opinião, deveria ter dito do anunciante Unilever.
Ecocabras

Enquanto se discute os eventuais efeitos na emissão de CO2 desta acção em concreto, eu posso afiançar que por estes lados a medida seria extremamente benéfica.
Efectivamente, um dos principais meios para garantir pasto é a queima de vegetação arbustiva, a qual resulta na produção em série de CO2. Por isso, aconselha-se todas as empresas nacionais e, em especial, os organismos do Estado, a instalar relvados e regá-los abundantemente, para alimentar as cabras nacionais, deixando em paz a vegetação da montanha. Pela mesma razão, devem ser imediatamente considerados PIN todos os projectos de campos de golfe, desde que os promotores se comprometam a apascentar.
06/05/2009
Foto da semana

Seguindo a máxima do Ministério da Economia "Com papas e bolos se enganam os tolos", o ministro Pino, lui même, promove na 1.ª pessoa mais um embuste comercial. Pouco tempo depois de indicar uma bomba de calor de uma marca específica para funcionar como "painel solar", promove uma marca de farinha para funcionar como "papas", quando o próprio fabricante a considera mais indicada para "bolos". Com a agravante de invocar o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para promover uma marca estrangeira, quando é por muitos reconhecida a qualidade das farinhas alimentícias portuguesas na sua função "papa". Para mais, fabricadas por PME's, por quem o Governo se diz platonicamente apaixonado.
Como nos diz MEC n'A Causa das Coisas, «a farinha 33, segundo nos afiança A MORENINHA, LDA., foi especialmente preparada para dar aos adolescentes saúde e energia para os seus estudos e desportos». E temos ainda a farinha PREDILECTA, cujo fabricante, A. Dias, em prol do Comércio Externo de Portugal, «deu-se até ao trabalho de traduzir [o aroma da farinha], para benefício do povo do breakfast, como Vanillin Flavour».
As Moreninhas e os Dias deste país estão Pinados com este Pino.
05/05/2009
Excessos alimentares

Está na berra um estudo feito em Inglaterra que demonstra que as comidas supostamente indicadas para bebés têm excesso de calorias, nomeadamente devido a teores elevados de acúcares e gorduras. Os suplementos alimentares só se justificam em atletas de alta competição. Por favor, convençam Paulo Rangel a não comer Maizena e Manuel Pinho a largar o Toddy.
P'rá fotografia

Em futebolês poder-se-ia dizer que a acção dos "marines" portugueses a bordo do "navio pirata" foi só "p'rá fotografia" (da AFP a que aqui reproduzo).
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