Poderia a redação do Público explicar-nos como é possível um título destes???
Próximo Domingo acaba um segundo mais cedo porque a Terra gira mais devagar
Como é óbvio, se a Terra gira mais devagar, as correcções de tempo traduzem-se em dias que acabam segundos mais tarde e não mais cedo!!!
P.S. Esperando que o jornal corrija o disparate, aqui fica a transcrição da notícia actual para memória futura:
O próximo domingo vai ter menos um segundo. A velocidade de rotação da
Terra tem vindo a diminuir e, por isso, a hora tem de ser acertada. Esta
situação já levou à redução de 25 segundos nos últimos 40 anos.
A decisão segue uma recomendação da International Earth Rotation Service
(IERS), a entidade internacional que estuda a relação entre a rotação
da terra e a medição do tempo atómico
De acordo com a autoridade
portuguesa que estabelece e fornece a hora legal do país, o Observatório
Astronómico de Lisboa (OAL), em Portugal Continental e na Madeira, os
relógios terão ser adiantados às 00:59:59 de Sábado para a 01:00:00 de
Domingo e nos Açores a mudança ocorre das 23:59:59 às 00:00:00.
Este
tipo de acerto, com a introdução de um “segundo intercalar”, é feito no
final dos meses de Junho ou Dezembro e começou a ser realizado em 1972,
ano desde o qual foi feito 25 vezes, de acordo com o OAL.
O
director do Observatório, Rui Agostinho, explicou à Lusa que a
diminuição do tempo que a Terra leva a concretizar uma volta em torno do
seu eixo, e que equivale a um dia (24 horas) é constante. Calcula-se
que dentro de 4600 milhões de anos, se o planeta ainda existir, irá
parar definitivamente, de acordo com as previsões científicas.
A
redução da velocidade deve-se à força gravitacional que a Lua exerce
sobre a Terra e à diferença do efeito que essa acção produz na
superfície do planeta ou no seu centro e que é a responsável por a
existência de marés nos oceanos, explicou o investigador.
Agora comparem com a "explicação do investigador"....
29/06/2012
Prize money
Espanha e Itália são as contempladas com o prize money do Euro. Cabe a um português a decisão final sobre os respectivos montantes - não, não é o José Manuel, esse não risca nada; é o Pedro dos dentes novos!
24/06/2012
PIGS mantêm-se no Euro
Na Europa do Futebol, mandam os PIGS:
Portugal
Italy
Germany*
Spain
(*) Nem o Santos valeu a Sócrates e Samaras.
Portugal
Italy
Germany*
Spain
(*) Nem o Santos valeu a Sócrates e Samaras.
22/06/2012
20/06/2012
Amostras
Não sei qual o método de amostragem, mas sei que o tamanho da amostra (56) não permite estas simplistas comparações de género sobre os motivos para o divórcio. Os OCS dão basta relevância a estudos com muitas limitações, mas os investigadores também têm culpa ao permitirem (promoverem?) relevância mediática para quantificações com margens de erro brutais.
19/06/2012
Resgate com juros se paga
O espanhol Velasco Carballo perdoa penalty e cartão vermelho ao defesa alemão Badstuber. Garantiu a permanência da Mannschaft no Euro 2012. |
O alemão Stark corresponde com juros e perdoa dois penalties à Espanha. Aqui o primeiro num tackle de Ramos sobre Mandzukic. |
E este em que Busquets tenta despir a camisola a Corluka, com Casillas completamente batido. E assim a Espanha continua no Euro. |
10/06/2012
Desemprego diplomado
O GPEARI
divulgou estatísticas sobre o emprego dos diplomados com curso superior, referentes da Dezembro de 2011.
O gráfico abaixo apresenta a taxa de desemprego dos que concluiram um curso universitário (não inclui estabelecimentos politécnicos) entre 2008 e 2011, por área de formação:
Olhando para o gráfico, não consigo compreender como é que a jornalista do Público conseguiu destacar que «Os cursos na área de Ciências Empresariais são os que têm menos saída»???
Compreendo que o MEC queira diminuir vagas para formação de professores, mas devia ser dada maior ênfase à taxa de desemprego dos diplomados em serviços sociais. Quanto à formação em informação e jornalismo, está mais do que provado que a quantidade é muito superior à qualidade.
O gráfico abaixo apresenta a taxa de desemprego dos que concluiram um curso universitário (não inclui estabelecimentos politécnicos) entre 2008 e 2011, por área de formação:
Olhando para o gráfico, não consigo compreender como é que a jornalista do Público conseguiu destacar que «Os cursos na área de Ciências Empresariais são os que têm menos saída»???
Compreendo que o MEC queira diminuir vagas para formação de professores, mas devia ser dada maior ênfase à taxa de desemprego dos diplomados em serviços sociais. Quanto à formação em informação e jornalismo, está mais do que provado que a quantidade é muito superior à qualidade.
Portugal Vs Alemanha
Em 2001, durante uma visita a um museu em Bona, deparei-me com uma Zündapp de matrícula portuguesa que começava por 1-NLS. Ao lado, os documentos atestavam que tinha pertencido a Armando Rodrigues de Sá, Vale de Madeiros.
Armando foi um ícone da política de imigração da RFA. As Zündapp foram ícone dos colegas de Armando que ficaram nos Fornos Eléctricos.
Salvo raras excepções, ganha sempre a Alemanha...
Armando foi um ícone da política de imigração da RFA. As Zündapp foram ícone dos colegas de Armando que ficaram nos Fornos Eléctricos.
Salvo raras excepções, ganha sempre a Alemanha...
05/06/2012
Lixo jornalístico
Depois da tinta que o caso fez correr na semana passada (ver amostra neste blogue), o que a jornalista (?) Rosa Ramos aqui escreve é lixo tóxico, com demasiadas imprecisões para ser aceitável:
- O caso NÃO "recua a 1986".
- Quais foram os "novos casos de reacções adversas"? Reacções adversas a quê?
- No 4.º parágrafo fala de 5027 "crianças envolvidas"; no 5.º reduz para 500.
- Fala de "administração do mercúrio" sem explicar que é isso que todos recebemos se tivermos uma restauração com amálgama.
30/05/2012
(Ainda) sobre a difícil convivência entre jornalismo e ciência
Hoje (29/5) deparei-me com um conjunto de artigos de uma
amiga no facebook (cf. também o blogue Divas
e Contrabaixos), indignada com este alegado “facto”: «Durante oito anos,
500 crianças da Casa Pia foram submetidas, sem saberem, a experiências que
“nunca tinham sido feitas sequer em animais”». Noutras notícias, lia-se que as
mesmas crianças foram «cobaias de uma universidade dos EUA». Bom, se crianças à
guarda duma instituição tutelada pelo Estado Português são cobaias de uma
universidade americana para serem submetidas a experiências que nem nos animais
foram feitas – isto é preocupante!
Tendo à minha disposição uma imensa quantidade de artigos
científicos produzidos nos últimos anos, fiz uma pausa no meu trabalho para
procurar publicações sobre esta experiência. Em poucos segundos encontrei
algumas e pareceu-me que, para não variar, os jornalistas que suscitaram este
alarme social demonstraram alguma dificuldade em compreender as publicações científicas…
Deixo aqui algumas evidências[1]
que me deixam mais tranquilo quanto ao eventual abuso das crianças casapianas –
desta vez, científico!
1.
Foram envolvidos médicos investigadores da
Universidade de Lisboa, a qual participou institucionalmente no estudo.
2.
O desenho da experiência consiste na comparação
de dois grupos, sujeitos a tratamentos diferentes. No entanto, ambos os
tratamentos eram usados regularmente à época (e são-no ainda hoje), pelo que nenhum desses tratamentos pode ser
considerado experimental. Ou seja, as crianças foram separadas em dois
grupos que receberam conjuntos de materiais diferentes para reparar dentes
cariados, mas nenhum deles era desconhecido da prática dentária regular. Não
houve nenhum ensaio clínico de substâncias novas de efeitos desconhecidos.
3.
A escolha da Casa Pia foi justificada por estes
factores:
a.
Era conhecida a necessidade de tratamento
dentário urgente numa elevada proporção de alunos da Casa Pia. A média de
cáries nas crianças de 8-10 anos era cerca de sete vezes superior à média
americana.
b.
Foi medido o teor de mercúrio na urina e
verificou-se que os alunos apresentavam valores bastante baixos. Isto
facilitaria as medidas posteriores ao tratamento, já que um dos tratamentos (“chumbo”)
contém mercúrio e os efeitos da exposição ao mercúrio nesse tipo de tratamentos
eram precisamente o objecto do estudo.
c.
Considerou-se que a ligação dos alunos à
instituição era muito favorável para garantir a continuidade de estudos de
acompanhamento longitudinais que eram necessários para avaliar os efeitos (durante
sete anos).
4.
O estudo foi autorizado pelo organismo
governamental americano que regula a prática dentária e pelo equivalente americano
da Comissão de Protecção de Dados [não foi publicada informação sobre
autorizações de organismos reguladores portugueses]. Foi obtido o consentimento
dos pais e dos alunos. O director da Casa Pia deu o consentimento para os
alunos internos (20% do total da amostra).
a.
Os autores identificaram esta autorização do
director para os 20% de alunos internos como a principal questão ética do
estudo: o director poderia ver no estudo uma forma fácil e barata de garantir
tratamento dentário a esses alunos. De qualquer modo, argumentaram que o
interesse dele não seria superior ao dos pais dos restantes 80%, já que o
acesso a tratamento dentário era diminuto para todos. Argumentam ainda que a
gratuitidade do tratamento não pode ser encarada como uma forma de “forçar” o
consentimento dos pais, uma vez que, se o tratamento não fosse grátis, eles não
iriam procurá-lo.
b.
Foi a equipa da Universidade de Lisboa que determinou
que o consentimento do director era suficiente para a participação dos alunos
internos.
[1] DeRouen et al (2002) Issues
in design and analysis of a randomized clinical trial to assess the safety of
dental amalgam restorations in children. Controlled Clinical Trials, 23(3),
301-320.
27/05/2012
11/05/2012
Sacrifício ao mais alto nível
Este título é deveras preocupante. Quer dizer que a hierarquia sacrifica, mais uma vez, o corpo de Cristo. Abdicando também dos Santos, só lhe resta a virgindade de Maria.
24/04/2012
Medida de coacção
À ex-Secretária de Estado Ana Benavente deve ser interdita a aproximação de qualquer escola pública.
Mania de grandeza
No Manifesto da Associação 25 de Abril pode ler-se que «Portugal é já o país da União Europeia com maiores desigualdades sociais». Esta afirmação contém duas implicações, ambas erradas:
- A desigualdade tem crescido, nos últimos anos, em Portugal.
Errado: tem diminuído (muito menos do que o desejável, mas diminuiu) - A desigualdade em Portugal é a maior da UE.
Errado: além de Espanha, somos ultrapassados neste indicador por Letónia, Lituânia, Roménia e Bulgária, quatro países que beneficiaram de umas décadas de "sociedade sem classes" e outros "ideais"!!! de Abril.
Relação entre o rendimento do 1.º e do 5.º quintis (ordem crescente do amarelo ao vermelho)
12/04/2012
Pirosice
Boa parte dos portugueses com mais de 40 anos nasceu por esse país fora em lugares que já não existem ou estão moribundos. É preciso uma grande dose de umbiguismo para usar como mote de campanha uma pirosice destas: "o lugar onde se nasce nunca devia morrer".
A propósito, o lugar onde nasci é hoje uma pousada :)
A propósito, o lugar onde nasci é hoje uma pousada :)
11/04/2012
Cristanismo
O Ministério da Agricultura está a fazer um bom trabalho de regulação da temperatura dos funcionários. No Verão dispensa a gravata, no Inverno fá-los trabalhar para aquecer:
«O Governo pretende criar uma taxa de saúde e segurança alimentar [para] "compensar os produtores, no quadro da prevenção e erradicação das doenças dos animais e das plantas, bem como das infestações por parasitas", além de "apoiar as explorações pecuárias" e "incentivar o desenvolvimento da qualidade dos produtos agrícolas". (...) O diploma determina ainda casos de isenção do pagamento da taxa de saúde e segurança alimentar, nomeadamente a "estabelecimentos com uma área de venda inferior a 400 metros quadrados ou pertencentes a microempresas, desde que não pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou esteja integrada num grupo, e que disponham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a 2.000 metros quadrados".»Ou seja, na prática, o Governo quer que as chamadas grandes superfícies paguem uma taxa para "compensar os produtores". Para compensar, as grandes superfícies vão pagar menos aos produtores.
09/04/2012
Jogo dos Artures
O jogo de hoje teve dois protagonistas de nome Artur:
- O Artur da foto, além da excelente exibição dentro de campo, evitando males maiores face a diversos erros de colegas seus, também esteve muito bem fora de campo, ao dizer na flash interview: «para ser penálti a nosso favor é preciso mandar alguém para o hospital e contra nós basta um sopro».
- Do outro Artur não há nada a dizer, os sobrenomes falam por ele.
05/04/2012
Coisas que não consigo entender
"Após a crise financeira de 2008, muitos foram os economistas que previram que uma retoma a nível global apenas se poderia concretizar a reboque do crescimento das economias emergentes do planeta, com particular destaque para a China. No entanto, neste momento, o cenário a que se assiste é diferente. Com a Europa a braços com um regresso a uma recessão, a ajuda parece poder vir mais dos Estados Unidos e de uma recuperação do ânimo dos seus consumidores, do que da China, que sente dificuldades em sustentar mais um período de crescimento forte e está a iniciar uma fase de abrandamento." (sublinhados meus)Donde se tira esta conclusão:
"... o mundo volta a olhar para o consumidor norte-americano como estímulo para uma recuperação. Mas a Fed tem de continuar a ajudar."
Então a ajuda é promover o crédito que levou à "crise financeira de 2008"???
21/03/2012
Poesia, Dia Mundial da
Em francos estrangeiros
Quanto é trinta dinheiros?
Quis a Finança (a Internacional)
Entregar-lhe Portugal.
Formou em Coimbra a ciência e a maneira.
Oh, Judas, Coimbra é perto da Figueira!
Dedicado por Pessoa a Afonso Costa e por mim aos ex-governantes que decidiram ir viver para Paris.
Quanto é trinta dinheiros?
Quis a Finança (a Internacional)
Entregar-lhe Portugal.
Formou em Coimbra a ciência e a maneira.
Oh, Judas, Coimbra é perto da Figueira!
Dedicado por Pessoa a Afonso Costa e por mim aos ex-governantes que decidiram ir viver para Paris.
19/03/2012
03/03/2012
Nem tudo é culpa da troika
Cardiovascular-cause mortality is the most commonly identified health outcome associated with cold weather and is generally observed shortly after cold weather events. Cold temperatures are associated with increases in blood pressure, cholesterol, fibrinogen and erythrocyte counts, which are risk factors for cardiovascular diseases such as myocardial infarction. Cardiovascular diseases account for about 50% of deaths in developed nations, indicating that many people are at risk for cardiovascular events, and, in particular, may be more susceptible to cold weather.
Mortality occurring at the longest lags after a cold wave are associated with respiratory illness. Infectious diseases such as pneumonia and influenza are more common in the winter season and also contribute to cold-weather deaths. Respiratory tract infections are more likely to occur during periods of low temperatures and low humidity. Low temperatures can result in bronchoconstriction and suppress immune system responses, which make one more susceptible to respiratory insult. Incidence of stroke and cerebrovascular-related deaths is higher in winter than other seasons, possibly due to low ambient temperatures leading to increased blood pressure.
Both individual and contextual risk factors contribute to a person's susceptibility to cold weather. Elderly populations are considered particularly vulnerable to cold weather as a person's ability to thermoregulate can become impaired with age. Underlying diseases, such as diabetes, and medications can modify blood pressure, circulation, perspiration rates, and some mental capacities such as warmth perception, thus complicating people's ability to identify when they are experiencing cold. Several reports show that counts of excess winter mortality are higher in people over age 65 living in colder climates.
Cities with mild winter climates see higher all-cause and cause-specific excess mortality associated with increases in cold, suggesting that relative changes in temperature may be a better indicator of mortality than absolute temperatures. City size is also an important marker of vulnerability, as associations between cold and all- and cardiovascular-cause mortality were higher in smaller, rural communities than in larger metropolitan areas. Tolerance to cold weather events may be higher in larger communities due to retention of heat in the built environment, which may create urban heat islands that buffer people's exposure to variability in winter temperatures.
Socioeconomic indicators related to morbidity and mortality do not appear to strongly contribute to a person's susceptibility to cold weather. However, the role of socioeconomic status is not clear as some evidence implies that income disparities and fuel poverty contribute to cold-related mortality. It has been postulated that consistent and regular exposures to cold weather have a protective effect by enhancing a person's resilience (adaptation) to these exposures. Yet, some evidence suggests that vulnerability to cold weather has decreased in recent years, indicating that a combination of biological or behavioral adaptations is needed for preventing mortality related to cold weather.
Resumo: em geral, há uma tendência para diminuir a intensidade dos picos de mortalidade associados ao frio, devido à adaptação comportamental, i.e. maior habilidade para enfrentar o frio. No entanto, actualmente, os efeitos mais acentuados da mortalidade devida ao frio verificam-se: 1) nos países/ regiões temperados, onde a adaptação a temperaturas extremamente baixas é menor; 2) nos países/ regiões mais envelhecidos, porque o efeito do frio na mortalidade é superior na população idosa; 3) nas áreas rurais, onde há uma combinação de menor adaptação, mais envelhecimento e maior distância física, social e cultural no acesso aos serviços de saúde primários.
Mortality occurring at the longest lags after a cold wave are associated with respiratory illness. Infectious diseases such as pneumonia and influenza are more common in the winter season and also contribute to cold-weather deaths. Respiratory tract infections are more likely to occur during periods of low temperatures and low humidity. Low temperatures can result in bronchoconstriction and suppress immune system responses, which make one more susceptible to respiratory insult. Incidence of stroke and cerebrovascular-related deaths is higher in winter than other seasons, possibly due to low ambient temperatures leading to increased blood pressure.
Both individual and contextual risk factors contribute to a person's susceptibility to cold weather. Elderly populations are considered particularly vulnerable to cold weather as a person's ability to thermoregulate can become impaired with age. Underlying diseases, such as diabetes, and medications can modify blood pressure, circulation, perspiration rates, and some mental capacities such as warmth perception, thus complicating people's ability to identify when they are experiencing cold. Several reports show that counts of excess winter mortality are higher in people over age 65 living in colder climates.
Cities with mild winter climates see higher all-cause and cause-specific excess mortality associated with increases in cold, suggesting that relative changes in temperature may be a better indicator of mortality than absolute temperatures. City size is also an important marker of vulnerability, as associations between cold and all- and cardiovascular-cause mortality were higher in smaller, rural communities than in larger metropolitan areas. Tolerance to cold weather events may be higher in larger communities due to retention of heat in the built environment, which may create urban heat islands that buffer people's exposure to variability in winter temperatures.
Socioeconomic indicators related to morbidity and mortality do not appear to strongly contribute to a person's susceptibility to cold weather. However, the role of socioeconomic status is not clear as some evidence implies that income disparities and fuel poverty contribute to cold-related mortality. It has been postulated that consistent and regular exposures to cold weather have a protective effect by enhancing a person's resilience (adaptation) to these exposures. Yet, some evidence suggests that vulnerability to cold weather has decreased in recent years, indicating that a combination of biological or behavioral adaptations is needed for preventing mortality related to cold weather.
Resumo: em geral, há uma tendência para diminuir a intensidade dos picos de mortalidade associados ao frio, devido à adaptação comportamental, i.e. maior habilidade para enfrentar o frio. No entanto, actualmente, os efeitos mais acentuados da mortalidade devida ao frio verificam-se: 1) nos países/ regiões temperados, onde a adaptação a temperaturas extremamente baixas é menor; 2) nos países/ regiões mais envelhecidos, porque o efeito do frio na mortalidade é superior na população idosa; 3) nas áreas rurais, onde há uma combinação de menor adaptação, mais envelhecimento e maior distância física, social e cultural no acesso aos serviços de saúde primários.
Les Misérables
Dum ponto de vista estatístico, não há nada que justifique esta histeria em volta dos picos de mortalidade associados ao frio e às gripes. Admitamos, no entanto, que os miseráveis têm maior probabilidade de morrer por efeito directo ou indirecto do frio: A nossa ira deve ir para quem já não tem dinheiro para garantir o apoio aos miseráveis ou para quem estoirou o dinheiro, ironicamente invocando o argumento de que estava a acabar com a miséria?
27/02/2012
Intelligentsia Citation Index
Os intelectuais verbais (i.e. aqueles com muito jeito para a retórica, mas com algumas dificuldades em lidar com números) costumam citar a torto e a direito o senhor de barbas por causa da sua posição contra a "obsessão europeia" com a austeridade. Acredito que o facto de ele ter reiterado hoje em nossa casa uma "recomendação" bem menos citada - Portugal tem de desvalorizar os salários em 20% - provocará a sua descida no ranking de citações da intelligentsia lusa.
Foto de Paulo Spranger
(note-se o ar feliz do economista por trás das medalhas, simpaticamente conhecido por "adiantado mental")
(note-se o ar feliz do economista por trás das medalhas, simpaticamente conhecido por "adiantado mental")
17/02/2012
12/02/2012
21/01/2012
16/01/2012
Grandes títulos
Passos já fez mais nomeações
do que primeiro Governo de Sócrates
em dois meses e meio
Também fez menos em sete meses do que segundo Governo de Sócrates em três e meio, mas isso agora não interessa nada.
Adenda 17/Jan: Desta vez o Público sentiu-se na obrigação de reconhecer «porém, que essa conclusão (...) se baseou numa comparação que não podia ser feita». Faço votos para que o jornal tome cuidado sempre que decida publicar manchetes que envolvam números, comparações e operações aritméticas.
13/01/2012
Alarvidades administrativas
Compreende-se que os autores que mandam na SPA e a ex-Ministra Canavilhas nunca fizeram nada na vida empresarial, não fazem ideia de como funciona uma empresa, dos custos da burocracia, dos recursos desperdiçados com este tipo de alarvidades administrativas. Têm uma concepção do mundo em que apenas importa aquilo que lhes diz directamente respeito, as actividades superiores a que se dedicam. As empresas só existem para lhes pagar impostos.
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