21/12/2011

A beleza (e a estupidez) da simplicidade

Esta ideia é extremamente bela:

É injusto pedir aos contribuintes, que na sua maioria não têm as suas profissões de sonho, que continuem a abdicar dos seus subsídios de Natal para que vocês possam ter uma profissão que não satisfaz nenhuma outra necessidade para além da vossa própria realização pessoal.
Vamos lá pensar um pouco: Para além dos agentes do fisco, sem os quais não haveria contribuintes, que outras profissões devem os contribuintes pagar? Talvez CGP condescenda que os políticos, militares, juízes, polícias... sejam pagos pelos contribuintes. E os médicos? Talvez, se satisfizerem necessidades de contribuintes saudáveis (chamemos-lhe medicina preventiva). Bombeiros? Podemos pagar aos voluntários com reconhecimento social, a somar à realização pessoal já deve dar uma boa recompensa. Quanto a filósofos e cientistas, ou vendem os seus serviços a privados, ou vendem outros serviços em part-time, ou têm "pais ricos", como o filho da D. Maria Adelaide de Carvalho.

Agora mais a sério: Descontando casos patológicos, eu creio que é impossível alguém sentir-se realizado por exercer uma actividade que "não satisfaz nenhuma outra necessidade". Parece-me que o ponto de discussão não é se os crontribuintes devem pagar "profissões de sonho", mas qual o nível de oferta dessas profissões, pago pelo contribuinte, que é razoável ou sustentável. Se os contribuintes pagassem as actividades dos melhores cientistas, filósofos, professores, médicos, economistas, etc. não dariam por mal empregado o seu dinheiro.

2 comentários:

  1. " não satisfaz nenhuma outra necessidade para além da vossa própria realização pessoal."

    Nâ intindi... os professores são inúteis?

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  2. Filho dela29/12/11 09:54

    Já as putas satisfazem imensas necessidades para além da sua realização pessoal.

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