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A estratégia de fazer incidir especialmente sobre os trabalhadores mais qualificados o pagamento dos robalos e alheiras tem riscos associados ao limite de "solidariedade" que os ditos estão dispostos a suportar. É certo que esses trabalhadores, como a generalidade dos seus concidadãos, criaram um contexto de vida que lhes dificulta a mobilidade, mas o reiterado sacrifício fiscal a que estão sujeitos pode ser o incentivo que faltava...
Hoje, como há 50 anos, emigram os que podem ser mais produtivos, os que querem trabalhar mais do que a média. A diferença relativamente a esse período, é que agora são os mais qualificados que têm mais incentivos para fugir daqui. Como diz este
texto de Carlos Guimarães Pinto, eles não se importam de trocar o Estado Social pelo valor dos seus impostos. É verdade, são egoístas, mas a solidariedade tem limites.