Nota 2: é um artigo de opinião, recorrendo a um estilo e linguagem que não são norma do Beijós XXI, mas que, atendendo a que aqui se costuma defender Portugal, se aceita.
Nos últimos meses, multiplicam-se os artigos na imprensa internacional de economia e negócios que utilizam o acrónimo PIGS para representar os países do Sul da zona Euro - Portugal, Italy, Greece e Spain. De certa forma, compreende-se o acrónimo, atendendo a que o seu uso dá jeito para figuras de estilo jornalísticas que recorrem à expressão idiomática dos porcos voadores para caracterizar a situação difícil das economias do Sul.
O problema é que usar um acrónimo que tem o nome dum animal e é usado popularmente em sentido pejorativo, comporta os seus riscos e acaba por ser mesmo usado nesse sentido. Eu tenho uma teoria para explicar a utilização do acrónimo - é a humilhação que os inventores do football sentem perante os respectivos países.
P representa a equipa que os eliminou nas últimas fases finais em que participaram.
I é a actual campeã do Mundo.
G e S são as últimas campeãs da Europa.
(entre parênteses, diga-se que os bifes são humilhados em todos os desportos que inventaram: levam tareia dos oceânicos no râguebi; dos asiáticos no críquete; e, até no desporto nacional, que é emborcar pints, levariam uma cabazada se tivessem a coragem de vir competir a Beijós!)
A utilização do acrónimo está, irresistivelmente, a resvalar para o chiqueiro e já não é um exclusivo inglês. A senhora von Reppert-Bismarck (na foto), que gosta de se deixar fotografar a beber cerveja belga, escreveu para a Newsweek um artigo cujo subtítulo refere explicitamente "as economias porcinas da Europa do Sul". Perante isto, acho que devemos responder com um acrónimo que designe um conjunto de países da Europa Central e do Norte. Aqui está a minha sugestão:
Finland, United Kingdom, Norway, Germany
Belgium, Ireland, Czech Rep., Hungary, Estonia, Sweden.
Belgium, Ireland, Czech Rep., Hungary, Estonia, Sweden.
(falta um Cornwall no meio do Reino Unido e também daria jeito que a Turquia ficasse entre a Irlanda e a Rep. Checa, mas a senhora Bismarck entende...)
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Do Portugal Profundo