Para repor o financiamento das universidades ao nível que estava quando Sócrates chegou a PM (2005), o Governo propôs "contratos de confiança", os quais, segundo o próprio PM, demonstram que as universidades confiam na "linha política de aposta na ciência, na tecnologia, no investimento na inteligência, no ensino superior".
O que foi, então, contratualizado? Que, a partir de agora, as universidades, com maior folga orçamental, só atribuem diplomas a formandos que demonstrem as competências mínimas para o curso que frequentam? Não, as universidades vão passar a dar canudos de forma (ainda) mais expedita.
Ao contrário do investimento no alcatrão ou no TGV, o "investimento na inteligência" tem retorno imediato e perfeitamente quantificável. A taxa de insucesso vai ter uma quebra de 50%. Claro está que esta "confiança mútua" Universidades-Governo, Governo-Universidades não se compadece com a elaboração de sofisticados e complicados - quer dizer, "académicos" - índices de sucesso. Mede-se simplesmente pela "proporção de diplomados num determinado ano, em relação aos inscritos pela primeira vez no 1° ano". "Simplesmente" é uma força de expressão, já que nem todos os diplomados serão capazes de calcular esta taxa.
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